terça-feira, novembro 25, 2008

Experiência Somática

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EXPERIÊNCIA SOMÁICA
Somatic Experiencing - SE

Sonia Maria Gomes Silva

Breve histórico

Somatic Experiencing (SE) ou Experiência Somática é uma abordagem naturalista desenvolvida pelo autor Peter A .Levine , para a resolução e a prevenção da Ansiedade e do Estresse Pós-Traumático.
Esse modelo terapêutico oferece uma compreensão teórica e uma prática clínica de grande alcance em vários contextos clínicos e em diferentes abordagens psicoterápicas. Ensina a libertar as energias instintivas aprisionadas no Sistema Nervosos e Muscular e também com usá-las pela mente consciente de uma forma segura, com o objetivo de transformar os sintomas do trauma num estado de bem-estar e de adequação.
Como afirma doutor Levine em seu livro O despertar do Tigre – Curando o Trauma (1999), o trauma é um fato da vida e não só pode ser curado, mas com orientação e apoio apropriados, pode ser transformador. O trauma tem o potencial para ser uma das forças mais significativas para o Despertar do Ser, para a evolução psicológica, social e espiritual. Levine postula que os sintomas do trauma não são causados pelo evento em si, mas surgem quando a energia residual da experiência não é liberada pelo corpo. Esta energia, então, permanece presa no Sistema Nervosos provocando distúrbios no corpo e na mente.
Para Levine, o trauma ocorre quando um acontecimento cria um impacto não resolvido no organismo. A resolução é alcançada ao se trabalhar com esse impacto não resolvido, pela sensopercepção. Reviver o acontecimento pode parecer útil, mas não é. Os sintomas traumáticos à vezes imitam ou recriam o acontecimento que os causou; no entanto, a cura necessita da capacidade de se contatar conscientemente o processo de resposta traumática do corpo.
No momento presente, há um crescente conhecimento científico do estresse traumático que indica que sua dinâmica e seus sintomas são biológicos em um grau maior do que previamente era reconhecido. A evidência científica também aponta o estresse traumático como uma possível etiologia em vários transtornos e síndromes nos vários campos da medicina e da psicologia – como por exemplo o transtorno bipolar, a chamada “personalidade boderline”, como também na nossa sociedade.
Peter Levine é o responsável pela origem do Somatic Experiencing - Experiência Somática e é o fundador e diretor da “Foundation for Human Enrichment” – FHE (Fundação para o Enriquecimento Humano) nos Estados Unidos

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Ele é doutor em Biofísica Médica e Psicologia. Durante 35 anos de estudos e trabalho sobre trauma e estresse, contribuiu com muitas publicações científicas, médicas e populares sobre o tema. Seu livro O Despertar do Tigre – Curando o Trauma (1999) tem recebido ampla atenção internacional. Atualmente ele está trabalhando na criação de outros dois livros. Não Irá Doer para Sempre é um guia para a prevenção e cura de trauma em crianças. O outro é um livro de Somatic Experiencing, mais técnico para os profissionais da área. Levine foi consultor da Nasa durante o desenvolvimento do Ônibus Espacial e desenvolve trabalhos em hospitais e clínicas de dor crônica, tanto nos Estados Unidos com na Europa, além de viajar constantemente para muitos países, ensinando seu método e participando de conferências. Ele mora perto de Lyons, Colorado-EUA, nas margens do rio Saint Vrain.
No início dos anos 60 e na década de 1970, juntamente com todas influências de uma época sem precedentes na história do movimento holístico, na Califórnia, Levine se lança em suas experiências de crescimento pessoal e, ao mesmo tempo em que o meio que o circulava favorecia seu processo evolutivo e as novas descobertas, ele começava a fazer relações com sua intrigante questão básica do porque dos animais na selva serem raramente traumatizados, embora tenham suas vidas ameaçadas rotineiramente. Com seu espírito de um cientista natural, ávido por desvendar os mistérios do trauma, Levine começa então a Ter inspiração para o desenvolvimento do SE.
Ele diz em entrevista exclusiva conduzida por Michael Picucci (2001)1, que duas das várias experiências trilhadas por ele , em combinação com seus estudos do comportamento animal, foram as experiências básicas que mais nortearam as descobertas e o desenvolvimento de sua metodologia. As experiências foram o caso de Nancy (1969), citado em seu livro (LEVINE 1999), e um workshop conduzido por Charlotte Selvers (1965-1966). Charlotte foi uma das primeiras pessoas a trazer consciência sensorial, corporal para os EUA. Neste workshop os participantes foram conduzidos a focar sua atenção nas sensações corporais enquanto andavam e se relacionavam com objetos (folha, pedra e tudo o que encontravam no caminho) reparando o peso, a textura, os cheiros, o ar, horas a fio até a exaustão. Receberam então instruções para deitar-se no chão e observar suas próprias respirações. Levine diz que sentiu que todo seu corpo respirava, seus músculos - experiência que nunca tivera antes, e tamanha era a abertura e ampliação de consciência que ela o marcou profundamente.
Também nesse período, Levine fez sua formação em terapia Reichiana e também em Rolfing, com a doutora Ida Rolf – criadora do Rolfing - Integração Estrutural. Teve, portanto, bastante influências destas. Nesta época o trabalho corporal era pouco difundido. Ele mesmo diz que o fato de Ter aprendido com a doutora Rolf a fazer leitura corporal e a tocar nos músculos fez uma grande diferença. Ao palpar músculos ele percebeu que alguns pareciam uma rocha, outros pneu de carro, tentava empurrá-los e eles não respondiam. Observou também existir numa mesma pessoa uma mistura de músculo que estão duros (como que amarrados e paralisados de medo) e outros músculos colapsados. Percebeu então que os músculos vão até o máximo de tensão e, numa fração de segundos, eles colapsam. Ao relacionar estas observações dos estados musculares nos seres humanos com as observações da s respostas de defesa dos animais na selva, mais especificamente com a resposta de congelamento (ou o “fingir-se de morto”) dentro de todo esse contexto cultural em que vivia, o cenário começou a vir junto, como um caleidoscópio. Levine iniciou pesquisas sobre ma espécie de “coerência” entre a respiração, estados fisiológicos e a noção de bem-estar que eram feitas tanto em alunos de graduação da Universidade, como em clientes –modelo Rolfing. Os experimentos consistiam em medir a pulsação e a respiração, e comparara os resultados com estados psico-fisiológicos, através de eletrodos e dos depoimentos.
Peter Levine trabalhou na Nasa quando esta desenvolvia o ônibus espacial. Ao atingir o ponto zero


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de gravidade, os astronautas vomitavam. A Nasa contratou um grupo de cientistas, incluindo Levine, para treiná-los, utilizando-se do biofeedback ou drogas., para que isso não mais ocorresse. Levine, entretanto, observou que os astronautas que não vomitavam usavam o “feltsense”, a presença observadora do que acontecia dentro de si.
Tudo naquela época conspirava para novas descobertas, como um movimento universal, uma onda., na qual o movimento novo das terapias de linha corporal crescia, assim como as descobertas científicas sobre o microcosmo da química e da física. Mas enquanto os meios acadêmicos e científicos ocupavam-se em desvendar o DNA, os átomos, Levine, todavia sentia-se motivado a pesquisar o caminho inverso, do microcosmo da química para o macrocosmo holístico.
Dentro desta complexidade, Levine diz que o fato mais marcante, que ele mesmo desvendou, como resultado de todo este movimento, e que é o princípio básico do SE, e que nós humanos, somos seres possuidores da mesma capacidade inata dos animais de restauração do equilíbrio, mesmo depois de vivermos as mais extremas experiências de ameaça à vida; suas conseqüências, tão comumente avassaladoras, podem ser transformadas ao receber orientação e apoio apropriados; podemos curar nossos traumas- e isto pode ser aprendido de uma maneira relativamente rápida e fácil.

Bases Teóricas

O trauma segundo o SE, é fisiológico. Ele é definido, não pelo evento que o causou, mas pelo resultado que provoca no organismo. ‘e sempre o resultado de uma sobrecarga no organismo, provocada por um evento ou experiência que aconteceu cedo demais, rápido demais ou de forma muito intensa, impossibilitando o organismo de defender-se ativamente (lutando ou fugindo). Em termos gerais, é uma ruptura na barreira protetora do organismo contra a super estimulação. Faz parte de um processo de defesa iniciado e comandado pelo sistema límbico-reptiliano. E, portanto, um processo fisiológico, funcional, e não uma lesão permanente. Nosso sistema neurofisiológico tem a capacidade de auto-regulação e de restaurar a ruptura. Através da sensopercepção atingimos a base fisiológica do trauma.
A experiência somática lida com a ativação e a descarga do Sistema Nervoso Autônomo – SNA de acordo com as estimulações (ameaças). Essas estimulações podem ser bem ou mal resolvidas, a depender se ciclos de carga e descarga são completos ou não: ou seja, se o fluxo de energia fica bloqueado ou não no SNA. As situações traumatizantes se instalam no Sistema Somático-Emocional por meio de uma seqüência de reações fisiológicas previsíveis e quando esta seqüência é completada com sucesso, o trauma é resolvido e transformado. O fluxo de energia é desbloqueado e a auto-regulação natural retorna ao sistema, restaurando a energia vital e devolvendo a saúde do corpo e da alma.
Esta teoria fundamenta-se em uma tradição de educação somática, psicoterapia de orientação corporal, de estudos neurofisiológicos da interconexão multi-direcionada entre corpo-cérebro-mente, e principalmente das pistas oferecidas dos animais selvagens diante de constantes ameaças à vida, raramente traumatizados. Eles se utilizam de mecanismos inatos para regular e descarregar os altos níveis de ativação energética associados aos comportamentos defensivos de sobrevivência. Essa “auto-imunidade” possibilita então que eles retornem ao funcionamento normal depois de terem vivido experiências intensas de ameaça a sua sobrevivência.
Segundo Levine, os seres humanos possuem os mesmos mecanismos inatos de auto-regulação, idênticos aos dos animais, mas são freqüentemente inibidos pelo córtex cerebral, a parte “racional” do cérebro. Esta restrição impede a finalização do ciclo ativação-descarga, no nível do sistema neurofisiológico. Estas energias de sobrevivência então permanecem presas no corpo e no sistema nervoso, levando à formação de uma constelação de sintomas. Os sintomas são uma maneira do organismo “neutralizar” a sobrecarga, incluindo uma variedade de comportamentos, muitas vezes incompreensíveis, tais como dor, padrões de compressão e colapso, intrusão de elementos de choque traumático, ansiedade e disfunção cognitiva, entre outros. Unindo as mais funções

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cerebrais de refinada conscientização com os primitivos instintos animais, o ser humano é capaz de transformar e curar o trauma.
O trauma faz parte de um processo fisiológico natural que simplesmente não pode ser completado. Pelo menos no início, ele não deriva da personalidade individual. A hiperativação, além de gerar os sintomas, provoca um estado constante de hipervigilância. Esta, por sua vez, provoca um impulso irresistível de identificar a fonte da ameaça, e a ativação autoperpetuada torna-se uma atividade repetitiva e compulsiva de busca pela fonte do perigo. Neste ponto, qualquer mudança, inclusive mudanças em nossos estados interiores, é percebida com uma ameaça. O que pode parecer uma paranóia infundada pode ser, na verdade, a nossa interpretação dos estímulos da ativação sexual, ou mesmo o efeito da cafeína num refrigerante. Existe uma tendência crescente a ver o perigo onde ele não existe, e uma diminuição na capacidade de vivenciar a curiosidade, o prazer, e a alegria. Tudo isso porque, bem no fundo, simplesmente não nos sentimos seguros. Permanecemos prontos para uma resposta defensiva, mas incapazes de executá-la. Procuramos a ameaça que não pode ser encontrada, mesmo quando uma ameaça real está bem a nossa frente. Ficamos, pois, incapazes de relaxar ou nos soltar, mesmo naqueles momentos em que nos sentimos suficientemente seguros para fazê-lo.
Ao percebermos um evento com sendo uma possível ameaça, nossos corpos e mentes entram no primeiro estágio (fase de ativação) de um ciclo de ativação-descarga: nossos músculos tornam-se tensos, nossa respiração se acelera, assim como nossos batimentos cardíacos, e começamos a procurar pela fonte ou origem do possível perigo. Se localizarmos a origem do perigo e percebermos ser uma ameaça real, entramos então no segundo estágio, ainda dentro da fase de ativação: mobilizados nossos corpos e mentes começam a produzir adrenalina e cortisol, os dois componentes químicos primários que dão energia para fugir ou lutar. No terceiro estágio nós descarregamos esta energia, realizando a ação defensiva apropriada – literalmente, fugindo ou lutando. No quarto, e último estágio do ciclo de ativação-descarga, a descarga se completa quando o sistema nervoso, não mais ativado, retorna ao seu estado de equilíbrio.
Se formos sobrecarregados pela ameaça e fugir ou lutar é impossível, instintivamente empregamos um terceiro plano de ação (diferente dos dois anteriores – luta ou fuga), que é a resposta de imobilidade ou congelamento. Esta manobra defensiva serve a dois propósitos: Primeiro, ela pode nos dar a chance de sobreviver e escapar, enganando a quem nos ataca. Segundo, ela nos defende do sofrimento e da dor de sermos machucados ou mortos, porque no congelamento ou imobilidade a consciência parece deixar o corpo – psicologicamente, esse estado é chamado de “dissociação”. Mas, embora imobilizados, nosso sistema nervoso ainda está altamente ativado, carregado. Não foi possível descarregar a energia ativada que nosso corpo mobilizou, e é impossível completar o ciclo de ativação-descarga se não podermos nos mover.
Os animais sobrevivem a um ataque utilizando-se da resposta de congelamento simplesmente permitem finalização do ciclo através da descarga do excesso de energia. Essencialmente, eles o fazem, depois de passado o perigo, tremendo e chacoalhando de uma forma que faz com que a respiração espontânea retorne. Esta ação instintiva possibilita que o sistema nervoso retorne ao seu equilíbrio. Também é uma ação que os defende, caso o predador ainda se encontre por perto, possibilitando os correr (fugir) ou lutar.
Como seres humanos temos muita dificuldade para completar este processo. Primeiro porque a energia de sobrevivência é tão intensa que nos assusta; segundo porque não nos sentimos confortáveis em entregar ou render nosso controle consciente às sensações involuntárias e inconscientes. Por causa destes medos, nosso cérebro racional freqüentemente tenta impedir e esconder a complementação do processo. Quando isto acontece, o sistema nervoso permanece em um estado de ativação. Mesmo que a ameaça não mais exista, a mente e o corpo respondem como se ela ainda existisse, e continua a “disparar” as químicas de fuga e de luta. Os sintomas dão a forma do organismo administrar este excesso de energia.


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Clientela

A abordagem da Experiência Somática oferece grande alcance efetivo no tratamento de vítimas de agressões, violência urbana, abuso emocional, sexual, físico ou verbal, principalmente na infância e na adolescência, acidentes, perdas dolorosas, seqüestros, afogamentos, procedimentos cirúrgicos invasores - particularmente quando realizados em crianças que são imobilizadas ou anestesiadas, já que o uso do éter pode aumentar o potencial para o trauma; quedas, fraturas, lesões cranianas, desastres naturais, intoxicações, abandono (especialmente bebes e crianças) , imobilização prolongada, perda súbita e abrupta de pessoas queridas, doenças graves, vivência ou testemunho de violência.
Existem ainda os traumas decorrentes das lesões intra-uterinas, quando a mãe fuma, bebe ou consome drogas durante a gestação ou tem complicações no parto.
Tudo isso gera possíveis traumas em ambos, no bebê e na mãe.

Metodologia

O trauma é efetivamente curado através do processo da descarga gentil e gradual do excesso da energia de sobrevivência, que chamamos de “titulação”, ao contrário da catarse, que pode sobrecarregar novamente os mecanismos de regulação da pessoa. Na abordagem do SE empregamos a conscientização das sensações corporais, que permite separar o medo ou a raiva da imobilidade, focando a experiência somente para a resposta de imobilidade, no sensorial e, por fim, completando o ciclo ativação-desativação.
A base do transtorno pós-traumático reside na fisiologia da sobrevivência. O SE atua sobre os padrões profundos de defesa do organismo. Mais especificamente, atua sobre o comportamento do Sistema Nervoso Autônomo, através da presença observadora da sensação corporal. Através dessa consciência encontramos o caminho para sair da imobilidade, do congelamento. A sensopercepção (feltsense) é a ferramenta básica para a renegociação do trauma que expressa e “conversa” com nossos instintos de defesa e com as mais altas funções cerebrais. Nesta estratégia de renegociar o trauma, ao invés de simplesmente reviver ou re-encenar o trauma, permite-se que as energias de sobrevivência previamente trancadas no corpo sejam liberadas de forma gradual e segura, podendo curar o trauma. Quando isto acontece, as pessoas freqüentemente vivenciam uma dramática redução, ou mesmo o desaparecimento de seus sintomas. O SE também ajuda a eliminar as recaídas, re-traumatizações e síndromes de falsa memória.
Não é necessário reviver o trauma para transformá-lo. Em SE, nós renegociamos nossos antigos traumas. A renegociação emprega elementos do trauma original, combinados com a força e com o s recursos que não eram acessíveis, ou não estavam disponíveis no momento da experiência traumática, a fim de restaurar as respostas ativas de defesa, criando uma nova e completa experiência. Quando transformamos nossos traumas, nossos instintos, emoções e nosso intelecto trabalham juntos novamente, e não um contra o outro. A união de nosso cérebro trino conecta-nos com a nossa vitalidade inata. Nos tornamos livres de percepções distorcidas que impedem a realização de nosso potencial como seres humanos.

Associações, federações e sociedades

Somatic Experiencing (Experiência Somática): agrega profissionais da áreas da saúde mental, emocional e física devidamente certificados pela FHE, ou profissionais em fase de treinamento e que integram o método do SE no seu trabalho com pessoas traumatizadas.
Foundation for Human Enrichment (FHE): proporciona aos indivíduos, famílias e comunidades, ferramentas de “auto-ajuda” efetivas para a cura do trauma. Reconhece a relação entre trauma e a ignição da violência e guerra. O objetivo da FHE é ajudara a acabar com esse ciclo destrutivo.
As experiências educacionais e informações que ela oferece incorporam uma ampla variedade de programas comunitários, incluindo troca de informações, treinamentos, consultas, conferências, reabilitação, oportunidade de contrato e respostas a emergências in loco. Os programas da FHE sde dirigem a áreas urbanas e rurais e se focalizam no tratamento e prevenção de trauma em bebês, crianças e adolescentes. Os membros da FHE estarão trabalhando em comunidades e países combatendo o aumento da violência.
A FHE é uma corporação sem fins lucrativos, registrada no Estado do Colorado e representada oficialmente pela ABR – Associação Brasileira de Rolfing
Foundation for Human Enrichment – Fundação para o Enriquecimento Humano
P.º Box 1872 Lyons, CO 80540 Phone 303-823-9524/Fax: 303-823-9520 E-mail: Ergos1@earthlink.net/ Web site: www.traumahealing.com
A ABR – Associação Brasileira de Rolfing R
Al. Casa Branca, 600 Cep: 01408-000 Fone (011)3887.06.70/3884.8046
E-mai: rolfing@dialdata.com.br

SE – BRASIL
E-mail: se –brasil@traumnatemcura.psc.br
Web site: www.traumatemcura.psc.br

Requerimento para a Certificação:
O modelo tem aplicações muito abrangentes pata terapeutas corporais, médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, entre outros,oferecendo ferramentas únicas e podersoas capazes de propiciar a resolução de traumas e intensificar a integração humana.
O cenário de aplicabilidade do método é bastante ampla podendo ser útil em consultório particular, em hospitais e clínicas , sobretudo, na recuperação de pacientes, (mesmo com a reabilitação física, muitos pacientes permanecem em “estado de choque” que pode geralmente atrasar a recuperação), em escolas e incontáveis lugares.
A Certificação de Praticante de Experiência Somática não é uma licença para praticar psicoterapia ou trabalho corporal. Essa licença é fornceida pelos órgãos governamentais apropriados de cada estado e país.
A formação tem uma duração média de três anos, sendo ministrada em 3 fases: Iniciante, Intermediário e Avançado. Cada fase é dividida em 3 módulos (Iniciante 1, 2 e 3; Intermediário 1,2 e 3; e Avançado 1,2 e 3). Cada módulo (workshop) é ministrado em quatro dias de duração/

Iniciante (1,2 e 3)
Conhecimentos dos pricípios básicos dp SE e aprendizado e desenvolvimento de habilidade para esercer intervenções simples.

Intermediário (1, 2 e 3)
Maior aprofundamento no estabelecimento das habilidades necessárias para propiciar a renegociação do trauma.
Conhecimento, estudo e compreensão das diferentes categorias de traumas, suas causas e cuidados especiais para abordá-las.

Avançado (1, 2 e 3)
Aprendizado da relação entre traumas e as várias síndromes tais como fibromialgia, enxaqueca, fadiga crônica, transtorno do pânico, entre outras.
Aprofundamento da compreensão das raízes fisiológicas do trauma.
Aprofundamento das habilidades terapêuticas de renegociação do trauma nas diferentes categorias. Integração dos princípios e ferramentas do SE à área de trabalho específica do profissional.


Bibliografia

LEVINE, Peter. O despertar do tigre: Curando o trauma. São Paulo: Summus, 1999.

DAMASIO, Antônio. O erro de descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

Lè DOUX, Joseph. O cérebro emocional; os misteriosos alicerces da vida emocional. Rio de Janeiro: Objetiva , 1996.

VAN DER KOLK, Bessel. Phsychological Trauma. American Phsychiatric Press, 1987.

VAN DER KOLK, Bessel. Traumatic stress – the effect of overwhelming experience on mind, body and society.Gildford Press, 1996.