quarta-feira, dezembro 27, 2006

BOAS FESTAS

FELIZ NATAL!
FELIZ ANO NOVO!
MANTENHAMOS OS RINCÍPIOS;
EXTENDAMOS KI PARA NOSSOS OBJETIVOS;
TENHAMOS UM PACÍFICO SENTIMENTO DE SERMOS UM COM O UNIVERSO!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Minha busca pelo Qi

Magazine: HEALTH, MARCH 1997

Minha busca pelo Qi

Qi
1 : uma força curativa e misteriosa que viaja através do corpo por caminhos chamados meridianos.
2: a base de toda medicina chinesa, incluindo a acupuntura.
3: a última novidade vinda do Japão.

Esqueça remédios, anticorpos e o resto da medicina ocidental. No Japão, cientistas dizem que uma boa saúde é simplesmente questão de qi. Do que me lembro, a anatomia humana foi uma sucessão de revelações incertas. Isso ocorreu em um Natal, quando recebi uma mulher transparente, um modelo plástico que se desmontava revelando sua anatomia interior. Era esperado que eu acreditasse em cérebro, glândulas e esôfago. Até aquele ponto eu assumia que o corpo consistia somente naquilo que via e sentia. Olhos, lábios, ossos e dor de barriga. Ao passar do tempo, aceitei a mulher transparente e suas vísceras improváveis, minha compreensão de anatomia estava novamente desencontrada. Outro dia encontrei uma outra mulher de plástico em uma loja de ervas em Chinatown de São Francisco. Ela tinha o mesmo tamanho e era similar à construção da mulher transparente, porém ao invés de mostrar seus órgãos ela possuía um tipo de caminho de pontos para conectar mostrado no seu exterior, como se alguém tivesse tatuado um mapa de metrô na extensão de seu corpo. O vendedor explicou que os caminhos eram “meridianos”, rotas de energia através do qual transitava uma força vital misteriosa chamada qi. Está bem. E minha aura é cor de rosa com manchas roxas. Mas o qi (pronuncia-se “chi”) não é uma idéia exclusiva do vendedor. É a base de toda medicina tradicional oriental. Boa saúde é sinônimo de fluxo livre de qi, doença é o fluxo lento ou bloqueado de qi. Bilhões de pessoas ao longo de 25 séculos acreditam no qi. O que os curadores tradicionais asiáticos fazem é ajustar o fluxo de qi. Quando acupunturistas aplicam agulhas em pontos ao longo dos meridianos de uma pessoa, eles tentam aumentar a movimentação de qi em todo corpo. Da mesma forma, as novas terapias postulam algum tipo de fluxo de energia interna. Após vários amigos falarem ter respeito pela acupuntura ou sobreposição de mãos, comecei a questionar meu ceticismo. Eu gostaria de ter provas científicas, por isso prepararei uma demonstração convincente. Se eu compreendo a idéia de cérebro e glândulas, talvez compreenda sobre qi. Minha jornada começa no Tokyo’s Nishino Juku, uma escola de qi que se tornou famosa em um artigo de 1995 que mostrava uma foto de um executivo japonês empurrado pelo ar, resultado aparente de uma explosão d qi do célebre mestre Kozo Nishino. O qi de Nishino é supostamente tão preciso que ele pode , da mesma forma de um curador ou terapeuta, externalizar e projetar qi quando ele deseja. O Método de Nishino enfatiza aulas de qi gong interno ( gong significa trabalho), nas quais os alunos aprendem exercícios suaves de respiração do tipo tai-chi. Como bônus nas classes mais avanças, Nishino emite golpes supercarregados de qi, um tipo de pulo metafísico inicia e vaporiza tensão deixando os estudantes tontos e energizados. “é como se um trovão passasse pelo meu corpo” é o que Junko Kataoka descreve o qi gong externo. Kataoka ensina antropologia para estudantes universitários em Tóquio. Nesta tarde ela não parece muito profissional. Em resposta do toque de Nishino, ela começa a se debater e pular em frente à classe, sacudindo suas mãos e gritando. De repente ela está exausta. Após a aula o professor parece tranqüilo por sua resposta. Ela calmamente me conta que se tornou mais jovem desde que iniciou sus sessões com Nishino, “Eu me tornei renovada e uma condição muito boa”. Outros na classe dão crédito ao método de Nishino a reversão de osteoporose e doenças cardíacas e curado calvície. Na China o qi (ou chi conforme descrito em algumas vezes) continua antiga e obscura. Por sua vez no Japão, os japoneses começaram a tratar qi como um produto, um recurso explorável. Não é mais necessário estudar artes marciais como tai chi ou aikidô por dez anos para desenvolver qi, você pode trabalhar o qi conforme seu desejo .Aprenda apenas alguns pequenos movimentos para reduzir stress e melhorar sua saúde. A maior parte dos alunos de Nishino são profissionais de destaque. São doutores, executivos e acadêmicos. O diretor de relações públicas da NEC Corporation me disse que o qi gong fortalece seus órgãos internos. Um campeão de iatismo afirma que “ agora tenho uma melhor noção do vento.” Soichiro Irimajiri, vice presidente executivo da Sega Enterprises, disse que o método de Nishino reverteu um caso de doença cardíaca tão séria que o forçou a se demitir de seu emprego anterior. Eu espero que ele esteja dizendo a verdade. Porque ninguém com um coração fraco deveria fazer o que ele está fazendo nesse momento. Ao receber o qi do mestre, Irimajiri está correndo para trás com velocidade alarmante. Ele ricocheteia em uma parede acolchoada e aterriza duramente em seus pés e sacode seus braços. Lembra-se de um comercial de tv antigo da Samsonite onde uma mala é derrubada dentro de uma jaula com um gorila enorme que a pega, atira a mala contra as grades pisoteia-a e a atira novamente contra as grades. Mas Irimajiri seria o gorila ou a mala? Ë ele que está sendo arremessado ou é ele quem arremessa, arremessando a si próprio contra a parede acolchoada? Se você lhe perguntar , ele jura que não está se jogando intencionalmente. “Meu corpo começa a se mover”, ele diz. “Por várias vezes eu até tento ficar parado mas não consigo. Quando pulo parece que o chão de madeira é um trampolim, muito macio. É curioso.” Talvez seja necessário fazer uma visita diretamente na fonte. Se Nishino é realmente o que dizem que ele é, certamente me fará sentir alguma coisa. Para alguém com qi prodigioso , Kozo Nishino parece terrivelmente cansado. Ele tem olheiras sob seus olhos como se algo existisse ali, bolos de carne ou camarão ou alguém velho mastigando uma goma de mascar. Mark, meu intérprete, disse-me que ele se parece muito mais jovem do que seus 70 anos de idade. Realmente, mas parece que tem a ver com a cor dos seus cabelos do que com a sua energia vital. Cumprimento Nishino com a mão esperando algum tipo de choque barulhento. Sentamo-nos em sofás de couro em um salão do primeiro andar da escola. Peço a Nishino para explicar, falando em termos biológicos, o que acontece com os uivos e pessoas ruidosas no andar de cima. Sua resposta inicial é “além da compreensão intelectual. ”Então ele diz que as células dos estudantes estão se tornando animadas. Isso, ele diz, os torna pessoas animadas. “Se você tenta se forçar a ficar animado, você não consegue. Mas se o corpo está gostando do que está fazendo, isso irá repercutir na mente..” Dessa forma, Nishino continua, qi gong contra-ataca o stress. “Estamos controlando stress através do corpo. Até agora, eram métodos de cérebro, métodos mentais. Isso é stress empilhado sobre stress..” Pergunto se eu também posso experimentar células animadas. Nishino balança a cabeça e me convida para fazer algumas aulas. Levou três meses de aula três vezes por semana antes que Soichiro Irimajiri percebeu qualquer diferença nele mesmo. Eu tenho que partir na terça-feira. “Não, agora,” eu disse. “Quero sentir algum qi aqui mesmo, nessa sala. “Um pouco relutante Nishino me convida a sentar ao seu lado no sofá. Ele fecha seus olhos e coloca uma mão atrás da minha cabeça. Sua outra mão paira acima de mim. Eu estou impressionado por uma sensação poderosa. Este sentimento é conhecimento no ocidente como sorriso amarelo. “Enquanto eu mordo meus lábios, Nishino começa a mover vagarosamente a mão sobre mim para baixo. Quando sua mão já está na altura de meu abdome eu parei de sorrir. Mark me diz que estou ruborizado. Há um fraco formigamento nas minhas mãos e braços. É sutil, tão sutil que pode sempre ter existido eu nunca prestei atenção a isso, da mesma forma que seus ouvidos estão sempre com zumbido mas você só nota quando está em silêncio. Esse zumbido estranho está em todo meu corpo agora. Sinto-me como um painel de neon. Sinto-me pesado e estranho. Sinto-me como Bill Moyers. Moyers narrou o especial PBS “A cura e a Mente” em 1994.” No episódio entitulado “O mistério do Chi, “ Moyers que se auto intitulava “cético profissional” pediu a um curador qi gong na China para fazê-lo sentir seu qi. O curador tocou o pulso de Moyer, como conseqüência ele senta por um momento com sobrancelha franzida. “Eu sinto isso,” ele diz. “Sim ... sim, eu realmente senti isso como um fluxo de sangue.” Moyer passou o resto da semana tentando em vão esclarecer exatamente o que havia sentido. Não é que estudos científicos em qi gong não existam. Antes de vir para cá, pesquisei o banco de dados de pesquisa de qi gong na East West Academy of Healing Arts em são Francisco, dirigido por Effie Poy Yew Chow, “acupunturista oficial / mestre qi gong para os jogos mundiais corporativos. “ Notícias se espalharam: o poder do tratamento qi gong sobre tudo desde a pessoa que está na cama a “função fixadora imune das células vermelhas do sangue.” Estudos citam os efeitos curadores do qi em câncer, colesterol alto, pressão sangüínea alta, hérnia de discos, doenças renais, artrite, senilidade, zumbido. Em toda China e Japão curadores qi gong como Nishino aparentemente estão em laboratórios, passando suas palmas de mãos sobre frascos de cultura de células cancerosas, ratos com úlceras (“distância entre ratos e palmas é de 40 cm”), e, em uma parte surreal da ciência, uma seção de intestino humano de 30,5 cm. Mas que se afirma é tão grande e estranho que-“ os fatos mostram que qi gong é um uma mensagem divina para as pessoas surdas-mudas!”—é difícil de aceitar seriamente qualquer uma dessas pesquisas. A disparidade é como Dra. Chow: por um lado ela serviu na administração do conselho do comitê do Instituto nacional de Saúde de Medicina Alternativa. Por outro lado , ela disse que ela pode transmitir seu qi através do telefone e fazer com que paraplégicos andem após ma sessão. Poucos estudos feitos nas afirmações abstratas da Dra. Chow controlam, grupos de pessoas sem assistência que, por comparação, mostram quanto um tratamento médico realmente é eficiente. Não é que os médicos e pesquisadores sejam relaxados, este padrão simplesmente não faz parte da ciência asiática. “Eles não sabem sobre grupos de controle ou randomização e estatística a mais do que médicos ocidentais sabem sobre qi.”, diz David Eisenerg que estudou medicina tradicional chinesa na China por muitos anos antes de se tornar um residente na Escola de Medicina de Harvard ( e também um dos anfitriões no episódio de qi de Bill Moyer). Ainda sem controles, os estudos não provaram se foi realmente o qi gong, crença no qi gong, ou o curso normal do tempo que foi responsável pela melhoria do paciente. A própria Chow admite o poder do que ela chama “um senso de controle sobre nosso próprio destino”—o que eu chamo de efeito placebo. Quando lhe foi perguntado quanto de seu sucesso depende da atitude do paciente ela responde, “A maior parte”. Com relação ao que o qi é na realidade, Chow fala sem clareza, descrevendo como “uma respiração que atravessa um processo e se torna algo diferente.” Aparentemente a única pesquisa realizada sobre esse assunto foi feita por Robert Becker,um cirurgião ortopedista e especialista em eletrônica biomédica, atualmente aposentado. Becker se interessou por qi após a famosa visita de Richard Nixon a China. Nixon se impressionou pelo que viu ao fazer uma visita em uma clínica de medicina tradicional chinesa, providenciou para que a NIH financiasse pesquisas , incluindo a de Becker. “Pessoas olham para esses conceitos da medicina ocidental e dizem, ‘Bem , não podemos medir isso porque é um tipo de energia que desconhecemos, ”’diz Becker. “Mas se você inicia dessa atitude, você sempre permanecerá no reino do misticismo. Eu decidi fazer o que pudéssemos com o conhecimento que possuíamos .”Operando na hipótese que o que curadores chamam de qi pudesse ser uma corrente elétrica separada dos pulso carregados do sistema nervoso do corpo, Becker mediu transmissões ao longo de alguns dos meridianos de acupuntura. Ele ficou surpreso pelo que descobriu: Todas linhas de meridianos que ele pesquisou realmente transmitem correntes mais eficientemente do que pontos fora dos meridianos. Apesar das descobertas de Becker aparecerem em um jornal do instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos-a maior e mais respeitada organização em sua categoria—o NIH nunca concedeu outra pesquisa. “Ciência”, diz ele, “é uma religião muito dogmática.” (Becker teve mais sorte com sua próxima afirmação desafiadora dogmática. Ele foi o primeiro a trazer a luz a provável conexão entre determinados canceres e campos eletromagnéticos de postes de energia elétrica. Observação: Você não precisa ficar preocupado sobre tumores cerebrais de seu próprio qi. Sua corrente teriam que ser contínuas , postes de energia elétrica são de corrente alternada.) Nenhum pesquisador com crédito nos EUA tentou elucidar o qi desde Becker. Porém no Japão a história é bem diferente. O Ministério de Comercio Exterior e Indústria (MITI), a máquina que dirigiu a transformação da economia do país designou um grupo de trabalho para pesquisar como o qi pode melhorar –sem brincadeira- som de CD. O presidente da Sony Corporation e o presidente do comitê de qi do MITI, Shigemi Sasaki afirmam Ter desenvolvido um jeito para calcular o qi. Eu enviei um fax para Sasaki e lhe perguntei como posso Ter medido meu qi. A resposta que chegou por fax: “estamos preparando para medir o qi de seu corpo em nosso laboratório.” Começa como um pedicure. Um técnico apoia meus pés sobre um travesseiro e separa meus artelhos com pequenas almofadas de espuma. Eletrodos conectados a um computador são então ligados a pontos de acupressão nos meus artelhos e pontas de dedos. Sasaki , que está gerenciando o procedimento, diz que o qi é diferente de corrente elétrica. Sem problema. Ele descobriu uma fórmula para converter voltagem para qi. O computador emite bips e faz zumbidos, então imprime um mapa carregado de números e ideogramas japoneses. Sasaki analisa o resultado. “Seu qi é...pequeno. ”Devido a razões incertas, meu qi “não está atingindo abaixo dos joelhos.” A boa notícia é se permanecer por um tempo , eu absorverei qi extra. “Este prédio,” diz Sasaki” contém muitas energias qi. Este local na Terra- local famoso. Acuponto do planeta. Venha.” Sasaki me conduz para baixo do corredor para o topo da mesa da máquina, que parece ser uma mistura de refrigerador de água e reator nuclear. A etiqueta diz Carregador de Elétrons. “ Eu engarrafei água qi gong para saúde” diz Sasaki. Ele declara isso com a mesma cara desleixada com a qual Effie Poy Yew Chow disse, “Eu faço qi gong curativo por telefone. ”Sasaki não está só na tentativa de “armazenar” qi para propósitos terapêuticos. Yoshiaki Omura, um médico que também é presidente da Faculdade Internacional de Acupuntura e Terapeuta-Elétrico em New York, afirma que ele conseguiu com sucesso armazenar energia pura de qi gong em pedaços de papel, tecido e ataduras, e usado-os para alívio um amplo espectro de enfermidades. O Instituto de Pesquisa de Qi Gong de Xangai afirma que chegou a perfeição de um aparelho que armazena qi de um mestre digitalmente em discos de computador e então devolve o qi para tratamento de pacientes de qualquer doença desde asa até pressão alta. Então, agora sei qual o sabor do qi. Eu sei sua durabilidade ( seis semanas na água, dois anos no papel). Mas ainda não sei o que é e como funciona. Apoio-me na melhor afirmação de Bill Moyers. “Professor Sasaki, como você pode estar certo que qi existe? O que realmente é isso?” Sasaki me leva para uma sala de confer6encia e puxa um arquivo de sua maleta. Ele coloca uma folha de papel entre nós com equações malucas e diagramas yin-yang. Ele aponta para uma fórmula rabiscada de cientista maluco. Abaixo está o nome Einstein, sublinhado duas vezes. “Qi é igual a energia do ponto-zero,” afirma Sasaki, dando tapinhas na página com sua caneta. “Muitos nadas.”Eu começo a suspeitar que esta é a melhor explicação que vou receber. Antes de eu partir, Sasaki me envia para tomar um banho especial equipado com uma bobina não-indutiva que coloca qi na água.” Eu saio sentindo renovado e energizado. Um banho será suficiente para você. Talvez – quem sabe – qi também Eu não tenho a resposta. Eu tenho sim uma garrafa com água qi gong do Professor Sasaki. Só por prevenção.

~~~~~~~~ por Mary Roach . Mary Roach é um editor contribuinte

(trad. Kendi Chikude)

sexta-feira, novembro 17, 2006



Mônica Infante dá aulas no Centro de Desenvolvimento de Ki. Laura Miranda é aluna de Ki-Aikidô. Vamos assistir o uso do Ki em um belo trabalho de arte.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Oneness Rizumuu Taissô

Oneness é o exercício ritmico de unificação. Clique no título e veja vídeos mostrando os movimentos.

peso em baixo

Muita gente busca relaxar apenas onde se sente tenso, comprimido. No geral, é uma atitude saudável que, no entanto, não traz todo o conforto esperado.
Quando você quer que alguém relaxe completamente, primeiro você dá a ele apoio. Com mo corpo e com a mente acontece o mesmo. Antes de relaxar, primeiro dê apoio.
Aqui faz sentido manter o peso embaixo. Ao invés de comprimir a parte de baixo do corpo (qualquer que ela seja), antes, busque que a perte logo abaixo esteja apoiando onde existe a tensão. Tendo esta certeza, relaxe e respire profundamente, e usufrua do conforto.

HAKAMA

O Hakama é uma calça semelhante a uma saia usada por alguns aikidoistas.É uma peça tradicional do vestuário samurai. O gi normal usado no aikido, assim como em outras artes marciais tais como o judo e o karate, eram originalmente roupas de baixo. Seu uso é parte da tradição de muitas escolas de aikido.
O hakama era originalmente usado para proteger as pernas dos cavaleiros de escoriações, etc.
Assim como as proteções de couro usadas pelos cowboys.
Como era muito difícil conseguir couro no Japão, usava-se um tecido grosseiro como substituto. Depois que os samurais deixaram o uso dos cavalos e se tornaram soldados que se locomoviam a pé,eles continuaram a usar aquela proteção porque os distinguia e identificava facilmente. Existem diferentes estilos de hakama.O tipo usado usado hoje em dia pelos artistas marciais - com "pernas".
É chamado um joba hakama (aproximadamente como um traje de equitação). Há um hakama semelhante a uma saia tubo, sem pernas, e um terceiro que é uma versão mais comprida do segundo.
Era usado em visitas ao Shogun ou ao Imperador e tinha de 3,5 a 4,5 metros de comprimento sendo dobrado repetidas vezes e colocado entre os pés e as costas do visitante.
Isso exigia que andasse em shikko para sua audiência e tornava extremamente improvável que eles pudessem esconder uma arma ou levantar rapidamente para executar um ataque.

As sete pregas do hakama (5 na frente e 2 atrás) têm o seguinte significado simbólico :

1.Yuki = coragem, valor, bravura
2.Jin = humanidade, caridade, benevolência
3.Gi = justiça, retidão, integridade
4.Rei = etiqueta, cortesia, civilidade
5.Makoto = sinceridade, honestidade, realidade
6.Chugi = lealdade, fidelidade, devoção
7.Meyo = honra, reputação, glória ou reputação, dignidade, prestígio.

Em muitas escolas somente os faixas pretas usam hakama enquanto que em outras todos os praticantes usam.
Em alguns lugares as mulheres já podem começar sua pratica usando o hakama, mais cedo que os homens, sendo o pudor feminino a explicação geralmente dada para esta situação - lembremos que um gi era originalmente uma roupa de baixo...

O'Sensei era bastante enfático que TODOS usassem o hakama,
mas ele vinha de um tempo e cultura não muito distantes do uso do hakama como um traje formal.
"A maioria dos estudantes era muito pobre para comprar um hakama, mas eram obrigados a usá-lo. Se eles não pudessem obtê-lo de um parente mais velho, poderiam pegar o tecido de cobertura de um futon velho, cortá-lo, tingi-lo e dá-lo a uma costureira para que fizesse um hakama.
Porém, como eram obrigados a usar tintura barata, após algum tempo o padrão colorido original do futon começava a aparecer e fiapos começavam a soltar do tecido do hakama."

Saito Sensei, sobre o uso do hakama antigamente, no dojo de O'Sensei.
"No Japão do pós-guerra muitas coisas eram difíceis de conseguir, incluindo tecidos. Devido a esta escassez,nós treinávamos sem hakama.Nós tentamos fabricar hakamas das cortinas usadas nos blackouts nos ataques aéreos, mas devido a sua longa exposição ao sol ao longo dos anos, as áreas dos joelhos se transformavam em pó assim que começávamos a praticar swari waza. Nós estávamos constantemente remendando aqueles hakamas.
Foi naquelas condições que alguém veio com uma sugestão : "Por que não dizemos que é incorreto o uso do hakama até que você se torne shodan ?". Essa idéia foi levada adiante como uma regra temporária para evitar despesas. A idéia de aceitar a sugestão nada teve a haver com tornar o hakama um símbolo de graduação em dan."


(clique no título e vá a página da Associação Brasiliense de Aikidô, onde está texto original)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Hotéis em Curitiba

Para os interessados em vir a Curitiba para o seminário de Koichi Kashiwaya sensei, e estejam procurando hospedagem, podem clicar no título.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Hospedagem durante Seminário de Koichi Kashiwaya

Para aqueles que não são de Curitiba e região, e precisarem de hospedagem, fechamos um pacote com o Roochelle Park Hotel . Os preços foram negociados e basta se apresentar como participante do Seminário.

Preços:
- Quarto simples: R$69,00
- Duplo ou triplo: R$34,50 por pessoa
ou
- Quartos simples: R$70,00 mais 15% de taxas
- Quartos duplos: R$80,00 mais 15% de taxas
- Quartos triplos: R$90,00 mais 15% de taxas


1o. SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE KI-AIKIDO EM CURITIBA

ministrado por Koichi Kashiwaya 8o. dan

presenças de Lael Keen (5o. dan) e Russel Jones (5o. dan)

Local: Centro de DEsenvolvimento de Ki - Curitiba - Paraná

Data: 24,25 e 26 de novembro de 2006.


Cronograma:

24/11 - sexta-feira - 19h / 21h
- Abertura do evento.

25/11 - sábado - 09h / 17h
- Seminário com intervalo para almoço no local.

26/11 - domingo - 09h / 17h
- Seminário com intervalo para alomoço no local.


Investimento:

Seminário completo: R$220,00 (até o dia 17/11, com desconto, R$200,00).
Somente sexta-feira: R$50,00.
Somente sábado ou domingo: R$120,00 (por dia).

Inscrições podem ser feitas no Centro de Desenvolvimento de Ki ou, com antecedência, por meio de depósito bancário no banco Itaú, agência 3720, CC 13.222-8, em nome de Centro de Desenvolvimento de Ki.


Na data do evento o participante deverá entregar o recibo do depósito para ter acesso ao seminário. Na falta do recibo, deverá ser efetuada nova inscrição para psoterior ressarcimento.

Hospedagem: está sendo preparada uma lista de hotéis, nas quais os participantes poderão pernoitar durante o evento. Em breve a estaremos postando.

Mais informações, pelo e-mail: wilsonsagae@hotmail.com ou diretamente no

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE KI
Rua 7 de Abril, 830 – 2o. andar - Alto da XV -
Tel. (41) 3263-1217
Curitiba - Paraná

segunda-feira, setembro 18, 2006

TAIGI

KITEI TAIGI (Padrão)
Shomen uchi Kokyu nage
Yokomen uchi Shiho nage Irimi
Munetsuki Koteoroshi Katameru
Katate dori Ikkyo Tenkan
Kata dori Nikyo Irimi
Ushirotekubidori Sankyo Katameru

Taigi 1 - KATATE-DORI - 58 segundos
Katate-dori Kokyu-nage Onshi-no-gyoi
Katate-dori Kokyu-nage Kirikaeshi
Katate-dori Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo
Katate-dori Kokyu-nage Kaiten-nage (Tenkan) Zenpo
Katate-dori Shiho-nage Tenkan Zenpo
Katate-dori Ikkyo Tenkan

Taigi 2 - KATATE-DORI-RYOTE-MOCHI - 58 segundos
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage (Irimi) Tobikomi
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage En-undo
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Hachi-no-ji
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Zenpo-nage (Koshin) Zenpo
Katate-dori-ryote-mochi Nikyo Kirikaeshi (Tenkan)
Katate-dori-ryote-mochi Kote-oroshi En-undo

Taigi 3 - YOKOMEN-UCHI - 43 segundos
Yokomen-uchi Sudori
Yokomen-uchi Ojigi Renzoku
Yokomen-uchi Kokyu-nage Irimi
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi
Yokomen-uchi Kokyu-nage Sudori-nage Zenpo
Yokomen-uchi Kokyu-nage Hachi-no-ji

Taigi 4 - RYOKATA-DORI - 56 segundos
Ryokata-dori Kokyu-nage Ojigi Zenpo
Ryokata-dori Kokyu-nage Kirikaeshi Ojigi Zenpo
Ryokata-dori Kokyu-nage Nido Ojigi Zenpo
Ryokata-dori Kokyu-nage Sudori Zenpo
Ryokata-dori Nikyo Tenkan
Ryokata-dori Kokyu-nage Zenpo-nage Koshin Zenpo

Taigi 5 – Para Crianças - 44 segundos
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi (Tobikomi)
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi
Mune-tsuki Kote-oroshi Tenkan
Kata-dori Ikkyo Irimi
Zagi Kokyu-dosa

Taigi 6 - USHIRO-WAZA - 58 segundos
Ushiro-dori Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo
Ushiro-tekubi-dori Kokyu-nage Uragaeshi
Ushiro-tekubi-dori Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo
Ushiro-tekubi-dori Kote-oroshi Hantai Tenkan
Ushiro-tekubi-dori Ikkyo Tenkan
Ushiro-tekubi-dori Sankyo-nage Tekubi-dori (Kosa-dori) Zenpo

Taigi 7 - MUNE-TSUKI, KERI - 54 segundos
Mune-tsuki Kokyu-nage Michibiki-kaeshi
Mune-tsuki Ikkyo Hantai Tenkan
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage (Koshin) Zenpo
Mae-geri Kokyu-nage Irimi
Mawashi-geri Kokyu-nage Ashi-tori Zenpo
Mune-tsuki Kote-oroshi Nage-hanashi Zenpo

Taigi 8 - RYOTE-DORI - 50 segundos
Ryote-dori Kokyu-nage Tenchi-nage Irimi
Ryote-dori Kokyu-nage Tenchi-nage Tenkan
Ryote-dori Kokyu-nage Hakucho-no-mizuumi Zenpo
Ryote-dori Kokyu-nage Dojo-sukui
Ryote-dori Kokyu-nage Zenpo-nage (Koshin) Zenpo
Ryote-dori Kokyu-nage Kirikaeshi (Koshin) Zenpo

Taigi 9 - SHOMEN-UCHI 56 segundos
Shomen-uchi Ikkyo Irimi
Shomen-uchi Ikkyo Tenkan
Shomen-uchi Kokyu-nage Tobikomi
Shomen-uchi Kote-oroshi Tobikomi Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage Kirikaeshi (Koshin) Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage Zenpo-nage (Koshin) Zenpo

Taigi 10 - KATA-DORI-SHOMEN-UCHI - 59 segundos
Kata-dori-shomen-uchi Kokyu-nage Irimi (Atemi)
Kata-dori-shomen-uchi Kokyu-nage En-undo
Kata-dori-shomen-uchi Kokyu-nage Hachi-no-ji
Kata-dori-shomen-uchi Nikyo Tenkan
Kata-dori-shomen-uchi Sankyo Uragaeshi
Kata-dori-shomen-uchi Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo

Taigi 11 - KATATE-(KOSA)-DORI - 53 segundos
Katate-dori Kokyu-nage Irimi
Katate-dori Kokyu-nage Irimi Tekubi-kosa (Tenkan)
Katate-kosa-dori Kokyu-nage Michibiki En-undo
Katate-kosa-dori Kokyu-nage Makikaeshi
Katate-kosa-dori Kokyu-nage Makikaeshi-nage
Katate-kosa-dori Kokyu-nage Kirikaeshi Zenpo

Taigi 12 - KATATE-DORI-RYOTE-MOCHI - 55 segundos
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Irimi
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Tenkan
Katate-dori-ryote-mochi Nikyo Tenkan
Katate-dori-ryote-mochi Ikkyo Kirikaeshi (Irimi)
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo
Katate-dori-ryote-mochi Kokyu-nage Ball-nage Zenpo

Taigi 13 - YOKOMEN-UCHI - 54 segundos
Yokomen-uchi Kokyu-nage Irimi
Yokomen-uchi Kokyu-nage Juji Irimi
Yokomen-uchi Kokyu-nage Atemi
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi Tobikomi
Yokomen-uchi Kote-oroshi En-undo Zenpo
Yokomen-uchi Kokyu-nage Kirikaeshi Zenpo

Taigi 14 - KATA-DORI - 74 segundos
Kata-dori Ikkyo Tenkan
Kata-dori Nikyo Irimi
Kata-dori Sankyo Tenkan
Kata-dori Yonkyu Irimi
Kata-dori Kokyu-nage Ushiro-muki
Kata-dori Kokyu-nage Ushiro-muki Kirikaeshi Zenpo
Yokomen-uchi

Taigi 15 - Para estudantes de escola secundária - 85 segundos
Shomen-uchi Ikkyo Irimi
Yokomen-uchi Kokyu-nage Hachi-no-ji
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage (Koshin) Zenpo
Kata-dori Nikyo Irimi
Ushiro-dori Kokyu-nage Zenpo-nage (Zenshin) Zenpo
Ushiro-tekubi-dori Sankyo-nage Tekubi-tori (Kosa-tori) Zenpo

Taigi 16 - ZAGI - 57 segundos
Shomen-uchi Ikkyo Irimi
Shomen-uchi Ikkyo Tenkan
Kata-dori-shomen-uchi Kokyu-nage Irimi (Atemi)
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi (Tobikomi)
Mune-tsuki Kote-oroshi Katemeru
Yokomen-uchi Kokyu-nage Kubi-Uchi Zenpo

Taigi 17 - ZAGI-HANDACHI - 53 segundos
Katate-dori Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Katate-dori Kokyu-nage Kirikaeshi Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi (Tobikomi)
Ushiro-kata-dori Kokyu-nage Ojigi
Mune-tsuki Kote-oroshi (Nage Hanshi) Zenpo
Yokomen-uchi Kokyu-nage Kubi-uchi Zenpo

Taigi 18 - USHIRO-WAZA - 64 segundos
Ushiro-hagai-jimi Kokyu-nage Ude-nuki
Ushiro-kata-dori Kokyu-nage Hikoki-nage
Ushiro-kata-dori Kokyu-nage Suikomi
Ushiro-kata-dori Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Ushiro-kata-dori-kubi-shime Kokyu-nage Uragaeshi
Ushiro-kata-dori-kubi-shime Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo

Taigi 19 - MUNE-TSUKI - 45 segundos
Mune-tsuki Kokyu-nage Uchiwa-nage Kubi-kiri
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage Kubi-uchi Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Uchiwa-nage Men-uchi
Mune-tsuki Kokyu-nage Irimi Sudori Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Shomen-uchi
Mune-tsuki Kokyu-nage Hantai-tenkan Zenpo

Taigi 20 - FUTARE-GAKE, SANNIN-GAKE, RANDORI - 80 segundos
Futare-gake Kokyu-nage Zenpo-nage – (uma vez) Zenpo
Futare-gake Kokyu-nage Senaka-awase – (uma vez)
Futare-gake Kokyu-nage Seiretsu
Futare-gake Shiho-nage
Sannin-gake Kokyu-nage Seiretsu
Sannin-gake Randori

Taigi 21 - TANTO-DORI - 120 segundos
Shomen-uchi Kote-oroshi Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage
Sakate-mochi yokomen-uchi Gokyo
Sakate-mochi yokomen-uchi Kokyu-nage
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi Tobikomi
Mune-tsuki Kote-oroshi Zenpo
Mune-tsuki Ikkyo Irimi
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Hiji-uchi-men-uchi
Mune-tsuki Kokyu-nage Kaiten-nage Zenpo

Taigi 22 - TACHI-DORI 110 segundos
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi Sudori Renzoku
Shomen-uchi Kote-oroshi (lado direito) Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi-tori (lado esquerdo) Zenpo
Yokomen-uchi Kokyu-nage Irimi
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi (lado esquerdo)
Mune-tsuki Kote-oroshi (lado direito) Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Sudori Zenpo
Do-uchi Kokyu-nage
Yoko-barai Kokyu-nage

Taigi 23 - JO-DORI 125 segundos
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi Sudori Renzoku
Shomen-uchi Kote-oroshi (lado direito) Zenpo
Shomen-uchi Kokyu-nage Irimi-tori (lado esquerdo) Zenpo
Yokomen-uchi Shiho-nage Irimi (lado esquerdo)
Yokomen-uchi Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Tsuki-kaeshi Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Mune-tsuki Kokyu-nage Kirikaeshi Zenpo
Do-uchi Kokyu-nage
Yoko-barai Kokyu-nage

Taigi 24 - JO-NAGE 60 segundos
Jo-dori Kokyu-nage
Jo-dori Kokyu-nage Zenpo-nage Zenpo
Jo-dori Sakate-mochi Zenpo-nage Zenpo
Jo-dori Shiho-nage Irimi
Jo-dori Nikyo
Jo-dori Kote-gaeshi Zenpo
Jo-dori Kokyu-nage Kirikaeshi Zenpo
Jo-dori Kokyu-nage Ashi-sukui

Taigi 25 - KENGI 1 (DAI ICHI) - Happo-giri (duas vezes) - 37 segundos
1 - Shomenuchi2 - Sonomama tsuki hasaki o migi ni mukeru3 - Ushiro o muite menuchi4 - Sonomama tsuki hasaki o hidari ni mukeru5 - Hidari yoko ni muite menuchi6 - Sonomama tsuki hasaki o migi ni mukeru7 - Ushiro o muite menuchi8 - Sonomama tsuki nasaki o hidari ni mukeru9 - Nanameyoko ni muite menuchi10 - Ushiro o muite menuchi11 - Hidari yoko ni muite menuchi12 - Ushiro o muite menuchi13 – Osame

Taigi 26 - KENGI 2 (DAI NI) - 30 segundos
1 a 13 (uma vez)
1 - Ichi no tachi2 - Ichi no tachi3 - Hidarikesagakerenzoku uchi4 - Migikesagakerenzoku uchi5 - Ushiro uchi6 - Tsuki7 - Ushiro uchi8 - Tsuki9 - Hidarikesagaketobikomi10 - Migikesagaketobikomi11 - Tsuki12 - Hidarikesagake13 – Osame

Taigi 27 - JOGI 1 (DAI ICHI) - 38 segundos
1 ao 22 (uma vez)
1 - Tsuki zudo2 - Tsuki zudo3 - Hidari yokomenuchi4- Gyakuyokomenuchi5 - Kaho tsuki ushiromuki6 - Ushiro ni muite tsuki zujo7 - Hidari yokomenuchi8 - Gyakuyokomenuchi9 - Kahouchi ushiromuki10 - Tsuki11 - Migiyokomenuchi12 - Tsuki zudo13 - Kohotsuki14 - Haraiage15 - Sonomama tsuki16 - Tsuko zudo
17 - Kohotsuki hiza o tsukinagara18 - Ashibarai19 - Sonomama tsuki20 - Tsuki21 - Hidariashisagari migi shitakara hidari e haraiage22 - Mochikaete tsuki

Taigi 28 - JOGI 2 (DAI NI) - 40 segundos
1 ao 22 (uma vez)
1 - Tsuki zudo 2 - Tsuki zudo 3 - Hidari yokomenuchi 4 - Mawashite migiuchioroshi 5 - Migi yokomenuchi 6 - Tsuki zudo ushiromuki 7 - Hidari yokomenuchi 8 - Mawashite migiuchioroshi 9 - Migi yokomenuchi 10 - Tsuki zudo ushiromuki 11 - Hidari yokomenuchi 12 - Hidari koho tsuki 13 - Migi koho tsuki ushiromuki 14 - Tsuki ushiromuki 15 - Fumikonde hidari yokomenuchi 16 - Issenkai kiribarai zudo 17 - Migishitakara hidari e sukuiage 18 - Sonomama tsuki 19 - Migi yokomenuchi 20 - Tsuki 21 - Hidariashisagari migishitatakara hidari e haraiage 22 - Mochikaete tsuki

Taigi 29 - TACHI-UCHI - 72 segundos
1 ao 6 (uma vez)
1 - Koteuchi2 - Migidouchi3 - Hidaridouchi4 - Nodotsuki5 - Shomenuchi6 - Hidari yokomenuchi7 - Migi yokomenuchi

Taigi 30 - SHINKEN (Incluindo Kiai) – KOKORO NO KEN - 58 segundos
1 ao 6 (uma vez)
1 - Shomenuchi2 - Hidari ashi me uchi ushiro uchi3 - Migi ashi mae uchi ushiro uchi4 - Hidari yokomen uchi migi uchi renzoku5 - Hidari kesa ashi barai6 - Migi kesa ashi barai

quarta-feira, setembro 13, 2006

Novas postagens

Clique no título e leia novas postagens a respeito de técnicas, assim como um texto de Shinichi Tohei sensei, falando sobre a última competição de taigi, acontecida no Japão.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Vídeo de Koichi Kashiwaya, 8o. Dan

Este vídeo feito por Koichi Kashiwaya sensei, chamado Kaiten, tem alguns anos, mas serve pra um conhecimento prévio de sua arte. Muito mudou desde esse período e isso poderá ser conferido durante seu seminário, em Curitiba, durante o último final de semana de novembro/2006.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Conteúdo para exame

Shinshin Toitsu Aikido
心身統一合気道
Conteúdo para Exame

Teste – Kumiwaza (組み技):

Reigi – cerimonial.
a. Início do exame: Saudação para o Kamiza – Shomen ni rei
Saudação para o Examinador
Saudação entre si – Otagai ni rei
b. Final do exame: Saudação entre si – Otagai ni rei
Saudação para o Kamiza – Shomen ni rei
Saudação para o Examinador

Go- Kyu (五級) – 5.° Kyu:

1. Katatedori kokyu-nage (kosa – tobikomi)
片手取り 呼吸 投げ (交叉 飛び込む) Palma para cima Entrada direta
2. Katatedori kokyu-nage (tenkan)
片手取り 呼吸 投げ (転換) Palma para baixo
3. Kokyu dosa
呼吸 動作

Yon-kyu (四級)– 4.° Kyu:

1. Katadori ikkyo (irimi)
肩取り 一教 (入身) Torção do pulso ao final
2. Katadori ikkyo (tenkan)
肩取り 一教 (転換) Torção do pulso ao final
3. Munetsuki kote-oroshi (katameru)
胸突き 小手 下ろし (固める) Em tenkan Imobiliza em seiza
4. Yokomen-uchi shiho-nage (tenkan-irimi)
横面 打ち 四方 投げ (転換 入身)
Recua
5. Yokomen-uchi shihonage (tenkan-tenkan)
横面 打ち 四方 投げ (転換 転換)
Recua
6. Shomen-uchi kokyu-nage
正面 打ち 呼吸 投げ
7. Kokyu dosa
呼吸 動作

San-kyu (三級) – 3.° Kyu:

1. Katadori nikyo (irimi)
肩取り 二教 (入身)
2. Katadori nikyo (tenkan)
肩取り 二教 (転換)
3. Katadori sankyo (irimi)
肩取り 三教 (入身) Imobiliza em seiza
4. Katadori sankyo (tenkan)
肩取り 三教 (転換) Imobiliza em seiza
5. Katadori yonkyo (irimi)
肩取り 四教 (入身)
6. Katadori yonkyo (tenkan)
肩取り 四教 (転換)
7. Yokomen-uchi kokyu-nage (zenpo)
横面 打ち 呼吸 投げ (前方)
Um passo para trás
Em koshin
8. Ryotedori kokyu-nage (zenpo)
両手取り 呼吸 投げ (前方)
Um passo para trás
Em koshin
9. Kokyu dosa
呼吸 動作

Ni-kyu (二級) – 2.° Kyu:

1. Ushiro ryote dori kokyu-nage (zenpo)
後ろ 両手 取り 呼吸 投げ (前方)
Esperar no lugar
Um passo para frente
Em zenshin
2. Ushiro katatedori kubijime sankyo (zenpo)
後ろ 片手取り 首締め 三教 (前方)
Espera pegar na lapela
Espera no lugar
Um passo para trásEm koshin
3. Ryotedori tenchi-nage (irimi)
両手取り 天地 投げ (入身)
4. Ryotedori tenchi-nage (tenkan)
両手取り 天地 投げ (転換)
Ande para trás e puxe para baixo
Braço na vertical
5. Ushiro dori kokyu-nage (zenpo)
後ろ 取り 呼吸 投げ (前方)
6. Katatedori ryotemochi kokyu-nage (en-undo)
片手取り 両手持ち 呼吸 投げ (円 運動)
Palma para baixo
No tenkan → Palma para frente
Na vertical
7. Kokyu dosa
呼吸 動作

(colaboração: André)

Conteúdo para exame

Shinshin Toitsu Aikido
心身統一合気道
Conteúdo para Exame


Teste – Hitoriwaza (一人技):

Reigi – cerimonial.
a. Início do exame:
Saudação para o Kamiza – Shomen ni rei
Saudação para o Examinador
b. Final do exame:
Saudação para o Kamiza – Shomen ni rei
Saudação para o Examinador

1. Udemawashi ( 腕回し)
2. Udefuri ( 腕振り)
3. Udefuri-choyaku ( 腕振り 跳躍 )
4. Sayu (左右)
5. Sayu-choyaku (左右 跳躍 )
6. Koho ukemi (後方 受身)
7. Koho ukemi tachi agari
8. Zenpo-ukemi (3 rolamentos) (前方 受身)
9. Shomen-uchi ikkyo (正面 打ち 一 教)
10. Zengo (前後)
11. Happo (八方)
12. Funekogi (船漕ぎ)
13. Zenshin-koshin (前進 後進)
14. Nikyo (二教)
15. Sankyo (三教)
16. Kote-oroshi (小手 下ろし)
17. Tekubikosa (kaho) (手首交叉) (下方)
18. Tekubikosa (joho) (手首交叉) (上方)
19. Ushirodori (後ろ取り)
20. Ushiro tekubidori (zenshin) (後ろ 手首取り)(前進)
21. Ushiro tekubidori (koshin) (後ろ 手首取り)(後進)


(colaboração: André)

segunda-feira, agosto 21, 2006

Participe do grupos de Ki-aikido

Receba a apostila de Kiatsuho, assim como informações e diversos materiais de estudo e pesquisa.
Mande um mail pro endereço abaixo e participe das discussões sobre ki-aikido e assuntos relacionados.

curitibakisociety@grupos.com.br

segunda-feira, agosto 14, 2006

Kengi 1 e 2

Kengi ichi
Movimentos
- 1/2, 3/4, 5/6, 7/8: Kiru-tsuki - A ponta da espada lidera o movimento.
- 9/10, 11/12: corte simples a frente e atrás. Relaxe os braços mais ainda.

Kengi ni
Movimentos
- 3, 4 sendo yokomen, não se mova em uma linha reta; a base da espada acima da cabeça.
- 9, 10 lembre-se de cortar. Este movimento exige transpor um amplo ma-ai para um curto aproximar, então corte tão logo tenha transposto toda a extensão.

Os 5 princípios da espada com Ki

1. Segure a espada com leveza. Seu parceiro segura a lâmina da espada e gentilmente a tira de suas mãos, e então a desliza novamente para o lugar. A chave é não afrouxar ou apertar a pegada enquanto isso acontece, mas manter as mãos do mesmo modo. Então "envie Ki através da espada" (氣を通わせる), e seu parceiro solta a lâmina. A ponta da sua espada não cai se o Ki flui através dela. Seu parceiro então segura a lâmina da espada novamente e de modo gentil puxa e empurra. Compare com uma pegada de espada feita com força.
Kamae triangular. Não segure muito baixo. Segure alto o bastante, com a dobra necessária dos cotovelos para atingir seu parceiro entre os olhos caso estenda seu braço esquerdo. Em pé na sua frente, seu parceiro tenta shomen uchi (lentamente!) e você defende-se simplesmente erguendo seus braços enquanto mantém o kamae triangular.

2. A ponta da espada precisa estar calma e preparada(静止. Isso é "tranquilidade vívida", quando os movimentos tornam-se infinitamente pequenos. Segure sua espada em kamae, e balance a ponta de um lado a outro, então 1/2, 1/2, e continue tornando o movimento (metade) 1/2, 1/2 em sua mente. Em pé à sua frente, seu parceiro tenta atingir sua espada, jogando-a para o lado, e a seguir avançar shomen uchi. Qual a velocidade com que a ponta de sua espada retorna ao ponto entre os olhos de seu parceiro?

3. Use o peso de sua espada. (cobrimos o tatame com uma manta fina antes de fazer como a seguir). Primeiro, erga a espada acima da cabeça e deixe-a cair para que atinja o chão não com a ponta, mas com todo o corpo na horizontal. Se você tentar balançar a espada, ou jogá-la para baixo, uma ponta ou outra irá atingir o chão antes. Então, erga a espada acima da cabeça, e solte-a e a apanhe no ponto mais baixo. Tenha certeza de que sua mão esquerda libera a espada. Finalmente, erga e deixe-a cair enquanto a segura levemente todo o caminho.

4. Não enfraqueça seu Ki. Teste pedindo que seu parceiro erga os braços (toitsu em pé) e leve a mão para testa mas não teste, a menos que o parceiro "corte o Ki". Então, quando se toca e empurra, o parceiro cai. Agora, mantendo o Ki extendido, pode-se tocar e empurrar que não se cai.

5. Corte primeiro com a mente. É fazer o que é dito. Primeiro veja o corte, depois corte.

O significado mental e espiritual da respiração correta

por
Koichi Tohei
Presidente da Fundação Ki no Kenkyukai
Fundador do Shinshin Toitsu Aikido

in How to unify Ki

2. Manifestação de Reiseishin (Mente Universal)

A noite, quanto tudo estiver calmo e quieto, pratique sozinho o método de respiração Ki, e você irá sentir que é um com o universo. Quando voc~e tornar-se uno com o universo, sua mente ficará clara, como um lago que reflete perfeitamente, na superfície, a lua e um pássaro em vôo. Pela primeira vez você perceberá as coisas, pessoas, e o mundo como versadeiramente são. Essa é a inata mente original do homem, uma mente diretamente em contato e sintonia com o universo. Esta é Reiseishin, a Mente Universal.
No curso de uma vida, razão e moralidade são formadas. Mas antes disso a maioria de nossas ações são influenciadas por uma tendência inata, nos dada pelas regras da natureza. Quando escolhemos tornar nossas tendências naturais subservientes à razão e moralidades adquiridas, encontramos dificuldades e sofrimento. O tormentoso conflito entre regras da natureza e razão surge porque as regras da natureza precedem a razão e, talvez, neste sentido, sejam mais básicas e fortes do que a razão ela mesma. Então, apenas através de grandes testes e dificuldades podemos viver apenas pela razão, e mesmo assim muitas vezes falhamos e agimos de modo errôneo.
Quando Reiseishin manifesta-se, sofrimento e desejos desagradáveis caem por terra. Nossa vida é governada não por ações reflexas (automáticas), nem pela razão, mas por Reiseishin que é mais fundamental para nós mesmos do que ambos (ações reflexas e razão) e mesmo mais original que o instinto. De fato, nesse estado de unicidade, talvez pela primeira vez, há a verdadeira liberdade. Então se está liberto do estafante conflito interno, característico da vida baseada na razão sobreposta às regras da natureza. Então, mesmo neste complexo e problemático mundo, pode-se agir de modo espontâneo e livre; e nessa espontaneidade e liberdade, naturalmente se trilhará o caminho do universo, nunca trocando o certo pelo errado.

O significado mental e espiritual da respiração correta

por
Koichi Tohei
Presidente da Fundação Ki no Kenkyukai
Fundador do Shinshin Toitsu Aikido

in How to unify Ki


1. A respiração do universo

Simples como a respiração varia de acordo com a saúde do corpo do indivíduo, ela também varia de acordo com o estado mental e espiritual. A respiração de um homem nervoso e instável é superficial e irregular; a respiração de um homem calmo e centrado é profunda e constante. Devido a respiração poder ser alterada por meio do treinamento, espíritos robustos podem ser desenvolvidos e estabilizados com uma respiração apropriada.
Nos Ditos Ki eu escrevi: "Espire de modo a sua respiração viaje para os confins do universo; inspire até que sua respiração alcance seu itten e continue infinitamente ali". Mas antes que você possa respirar desse modo, você precisa manter o itten (um ponto no baixo abdômen). Deste modo, quando você exalar, não precisará interromper a respiração próximo à sua frente, mas poderá pensar que ela continua até os confins do universo. Quando você inspira, precisa fazê-lo de modo completo, chamando o Ki do universo e mantendo-o em seu itten. Durante a sessão de respiração, enquanto inspira e espira e os intervalos, você precisa manter sua mente e corpo unidos. Isso involve o ato de deixar-se ir, de entregar-se completamente para o universo. De fato, você deveria sentir que sua respiração é una com a respiração do universo, que você é o universo, e que o universo é você. Este é o fundamento do método de respiração Ki.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Keiko

“O Caminho está onde quer que as pessoas se disciplinem através do treinamento. Ele não é encontrado em livros. É através da experiência direta com nossos corpos e não somente com nossos intelectos que conseguiremos atingir esse estágio.
Quando as pessoas começam a aprender alguma coisa elas ficam obcecadas pelo processo e acabam perdendo o sentimento quando não imaginam poder controlá-lo. Achando-se estúpidos, e acreditando que os outros provavelmente pensam do mesmo modo, esquecem-se do que estavam tentando aprender com tanta dificuldade.
O aluno, uma vez no Caminho, deve afastar suas dúvidas sobre si mesmo e ignorar as observações desdenhosas dos outros. Deve dedicar grande atenção ao seu estudo e à prática.”

Shoshitsu Sen, Chado Sensei

Bokken

Os melhores Bokken manufaturados devem apresentar o sori (curvatura da lâmina) perfeito e o peso adequado. A madeira escura ajinko presta-se admiravelmente à confecção dessa arma e deve ser polida com areia, uniformemente. Essa operação requer as vezes um par de meses, assim como o requer a operação seguinte que é o trabalho de untar a madeira com óleo de nogueira kukui. Para se testar o equilíbrio de um Bokken assume-se o chudan no kamae (posição central) e passa-se ao movimento yoko chiburi (jogar lateralmente o sangue).



O PASSADO DO BOKKEN

O Bokken vem da longa história do Japão, mas sua origem exata é difícil de ser traçada. Sem dúvida os primeiros habitantes neolíticos da Terra do Sol Nascente usavam armas de madeira com implementos de pedra. Mais tarde, mesmo com a introdução das técnicas metalúrgicas no território japonês, alguns artefatos de madeira como bastões, lanças e clavas continuaram a ter aplicações prática nas batalhas de então.

Contudo, foi com o desenvolvimento do Kenjitsu-ryu (escola ou estilos de luta à espada) que o Bokken conquistou seu devido lugar. Conquanto alguns dos ryu (escolas ou estilos) mais antigos, como o shizen-ryu, continuavam usando shinken (espadas reais) e seus katas (formas), muitas outras perceberam que um substituto deveria ser encontrado para a prática diária. Usar espadas reais era muito perigoso, dispendioso e mesmo imprevidente.

Narrativas do Jikishinkage ryu relembram antigos dias em que o bujitsu (arte de guerra dos samurais) era praticado como questão de vida e morte. Mestres espadachins iam até as profundezas das montanhas a fim de aperfeiçoarem, longe de olhos estranhos, suas táticas secretas. Usavam galhos ou pedaços de madeira que encontrassem e que apresentassem peso e características de armas reais.

Gradativamente, os vários ryu foram descobrindo que a espada de madeira era uma alternativa mais segura que o shinken para a prática tão somente, e a espada de madeira passou a ser cuidadosamente cortada e moldada até oferecer a semelhança e a sensação de uma espada real. O Bokken foi feito de várias espécies de madeira dura, incluindo o carvalho vermelho e o branco. Conforme os diferentes ryu desenvolveram seus próprios métodos e estilos específicos, surgiram, de maneira natural, algumas variações em desenho e confecção do Bokken.



O BOKKEN GENÉRICO

O que se pode adquirir na maioria das lojas de artes marciais é uma espécie de Bokken "padrão" usado pela maioria dos praticantes de Kendo e Aikido em seus katas. Mas muitas escolas clássicas do Japão atêm-se cuidadosamente a seus próprios estilos de Bokken de maneira que o observador mais atento é capaz de dizer a que ryu pertence um praticante apenas olhando de relance seu Bokken.

0 katori shinto ryu, por exemplo, usa um Bokken de sori reto e corpo grosso com um kissaki (ponta) sem corte. O Jikishinkage ryu kenjitsu usa um Bokken reto duas vezes mais pesado que o Bokken normal. Ao ser usado nos katas - que são repletos de movimentos respiratórios profundos e lentos - desenvolve a força e a coordenação muscular do praticante. O shinto muso ryu do jojitsu (luta de bastão curto) usa um Bokken de tamanho normal, exceto pela ponta cega (sem nenhum corte). Isso devido provavelmente à perigosa prática do ryu no decorrer da qual as extremidades de jo (bastão curto) e do Bokken detêm-se apenas a uma polegada do rosto do praticante. E a escola jikishinkage ryu do Naguinata (lança com lâmina curva) utiliza um Bokken fino e leve, com elegante sori, supostamente reminescente de espadas reais feitas na região de Osafune. Esse estilo do Bokken é apropriado à escola a que pertence que se caracteriza pela elegância e graça de suas formas.

Quando em exercícios solo, o Bokken é usado no lugar da espada real para desenvolver velocidade, timing e movimentação apropriada do praticante. A vantagem da arma de madeira torna-se ainda mais evidente quando o kata é feito no ko-ryu ( velhas escolas clássicas). Usualmente um kata envolve duas pessoas, cada qual golpeando e bloqueando a outra em formas pré-arranjadas. Usar espadas reais, mesmo com força moderada, seria colocar em risco a vida dos praticantes e a durabilidade das armas. Bokken já permite um certa margem de segurança. Mestres podem, então, treinar seus discípulos sem muita preocupação se estão sujeitos a cortarem-se ou não. Além disso, o peso e o formato do Bokken propiciam a sensação que se tem ao se usar uma arma real. Ainda assim, o Bokken não é totalmente seguro. Em seu livor "Bokken: Arte da Espada Japonesa", Dave Lowry assinala o fato de, muitas vezes, o Bokken ter sido a arma escolhida em duelos reais, entre diferentes escolas. Conquanto um Bokken possa fender-se em um golpe desferido com muita força, ele não se parte como uma espada so ser usada de maneira errada.

Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin (ou como é conhecido, simplesmente Myamoto Musashi) foi um dos mais famosos espadachins que usaram Bokken em duelos com mestres de outras escolas. Verdadeiras ou não, lendas contam que Musashi teria vencido 60 duelos, muitos dos quais usando um Bokken contra armas reais como espadas, yari (lanças) e kusarigamas (foices com corrente). A força de seus golpes, com o Bokken, era tanta que conseguia esmagar o osso do braço do adversário. Um dos oponentes que teve o membro estraçalhado pelo Bokken de Musashi foi Yoshioka Seijuro em um duelo em Rendaiji, Kioto. Pouco tempo depois, Musashi tornou a usar um Bokken, feito, com as próprias mãos,de um remo de aproximadamente 2 metros, para matar "Ganryu" - Sasaki Kojiro com um golpe na cabeça, no épico duelo de Ganryujima.

Tais narrativas atestam o poder devastador do Bokken quando em mãos de um expert e afastam a idéia de que seja razoavelmente inofensivo...



CONTROLE GOVERNAMENTAL

As leis do Shogunato da época também afetaram a história do Bokken. Nos idos dias das escolas Kenjitso, representantes dos diferentes ryu testavam suas técnicas em Shinken Shobu (duelos com espadas reais). Isso, naturalmente, levava o perdedor à morte. Na medida emque o governo japonês afastava-se das constantes guerras dos períodos medieval e clássico, éditos foram promulgados proibindo a prática do Shinken Shobu. Espadachins, então, passaram a usar o Bokken em duelos. Todavia, embora não pudesse cortar, o Bokken certamente esmagava ossos com terríveis resultados. Assim, duelos com Bokken foram também proibidos. Isso fez com que essa arma passasse a ser usada apenas em katas. Para a prática de duelos apelou-se ao uso dos shinai (espadas construídas de tiras de bambú atadas e unidas de maneira especial). O shinai permitia uma boa margem de segurança, tendo sido influenciado pela anterior prática de espada fukuro shinai, dos guerreiros shinkage ryu. O fukuro foi criado pelo Mestre Kamiizumi Hidestsuma e desenvolvido por seu aluno Yagyu Sekishusai Muneyoshi e, posteriormente ainda, pelo filho deste último, Yagyu Tajima no Kami Muneyoshi. Esse precursor do shinai era feito de tiras de bambú mantidas juntas num envólucro de couro.

De acordo com o historiador Donn F. Draeger, o primeiro shinai teria sido desenvolvido por Hikida Bungoro, também seguidor do shinkage ryu, espadachim do período Edo (1.600 - 1.815). Mais tarde esse shinai foi aperfeiçoado a ponto de ser criado, para seu uso, um equipamento protetor, o que teria aberto caminho ao Kendo moderno.


Embora seja o instrumento ideal para o esporte do Kendo, o shinai é uma pobre réplica da espada real,em peso, sensação e equilíbrio. Por isso os katas de Kendo são executados co Bokken.



A CONFECÇÃO DO BOKKEN

Fazer um Bokken não é tão difícil. Fazer um bom Bokken é muito difícil. Ao confeccionar um Bokken é preciso sentir que se está colocando uma parte da própria alma na arma Só assim ela poderá ser usada como a extensão do próprio braço.

A madeira escolhida deve ser adequada. O carvalho presta-se bem; é resistente para aguentar os rigores da prática e relativamente fácil de ser trabalhado. No Havaí, costuma-se usar uma madeira nativa muito bonita devido às estrias escuras que possui: o kos

O pedaço de madeira escolhido deve ser uniforme, sem nós, defeitos ou rachaduras Traçado o desenho da arma e após o corte correto, o restante é suor, paciência e tempo. O Bokken deve apresentar um sori (curvatura) equilibrado e um kissaki (ponta) apropriado á finalidade do uso. (Diferentes ryu usam Bokken de diferentes sori e kissaki). O shinogi (lados da espada) e o mune ou mine (parte de trás) devem ser bem definidos. Após o polimento final com areia, a espada deve ser untada com um óleo claro que penetrará na madeira (não deve ficar na superfície). Alguns espadachins preferem não untar seu Bokken e permitir que anos de suor e gordura natural da pele substituam o polimento final com o óleo comente usado. O que deve ser evitado, a qualquer custo, é o polimento lustroso tipo verniz plastificado. Esse acabamento é característico de Bokken vendidos em lojas de artigos inferiores.

Munenori Yagyu - A história de um espadachim

Por Dave Lowery
Tradução de Newton Machado

Era o verão de 1600, o quarto ano da era Keicho, e Hideyoshi Toyotomi, o general plebeu que havia unificado o Japão, havia falecido recentemente. Durante seu reinado, caracterizado por uma visão de longo prazo, sólidas práticas administrativas e grande sagacidade política, tinham finalmente chegado ao fim as contínuas guerras que por várias gerações haviam eclodido entre os daimyos, senhores feudais, levando o Japão a viver seu momento mais próspero e pacífico em muitos séculos.
Parte do sucesso de Hideyoshi deveu-se, sem dúvida, à sua disposição em compartilhar seu poder com o go-tairo, um conselho composto por cinco regentes escolhidos entre os senhores feudais mais ricos e poderosos. Mas com sua morte a paz estava ameaçada, pois o conselho de regentes se dividira em duas facções: aqueles que apoiavam a continuidade da regência dos Toyotomi, através de seu filho Hideyori, e aqueles que defendiam a escolha do conselheiro de maior força política, leyasu Tokugawa, como shogun.

Durante todo o verão os dois lados se enfrentaram numa sutil e intrincada disputa pelo poder. Os daimyos de menor peso político, mas de vital importância estratégica, foram sondados discretamente para descobrir qual lado apoiariam no caso de uma guerra. As preferências eram mantidas em sigilo, enquanto todos aguardavam para ver qual das facções prevaleceria, antes de manifestar suas intenções. Era como se Ieyasu Tokugawa e Mitsunari Ishida, líderes das facções adversárias, estivessem jogando uma grande partida de go, um jogo de tabuleiro oriental que demanda extrema cautela e paciência infinita. Se este cenário parece familiar para você, é porque o confronto entre Tokugawa e Toyotomi foi utilizado, com algumas alterações, pelo autor James Clavell, como pano de fundo para seu livro Shogun.

Ieyasu Tokugawa era definitivamente o lado mais fraco neste confronto. Pela força de sua personalidade e reputação, ele havia conseguido atrair muitos daimyos para seu lado, mas estava consciente de que os senhores feudais eram pessoas conservadoras por natureza, e que sua tendência instintiva seria apoiar o herdeiro legítimo. Assim, Tokugawa dependia de aliados cuja lealdade era questionável. Enquanto isso, seu rival, Mitsunari Ishida, tinha o apoio de uma quantidade maior de daimyos, e o peso da autoridade dos Toyotomis.

Finalmente, em agosto as manobras e planos preparatórios chegaram ao fim. Kagekatsu Uyesugi, membro do Conselho de Regentes e partidário dos Toyotomi, reuniu um exército em sua província natal, deixando claro que seu alvo era Tokugawa, a quem acusava de traição. Ao mesmo tempo, Mitsunari Ishida também entrou em ação, liderando um exército de samurais em um movimento de pinça, com o objetivo de cercar Tokugawa.

Os planos de Ishida foram bem desenhados e executados, de forma que a derrota de Tokugawa seria inevitável, se não fossem dois engenhosos estratagemas aplicados no momento adequado.

Inicialmente, Tokugawa deu a entender que estava preparado para lutar. No início do verão ele havia deixado seu castelo em Osaka e ido para Fushimi. Enviou então seus soldados para sua fortaleza em Edo, onde seu exército reunido aguardava.

Mas ao mesmo tempo, Tokugawa havia guarnecido o castelo de Fushimi, situado entre ele e o inimigo que avançava, com um grupo de samurais experientes, liderados por seu general mais habilidoso, visando barrar o avanço de Ishida e romper o cerco.

O castelo de Fushimi representava apenas uma medida protelatória, e Tokugawa estava ciente de que logo teria que enfrentar Ishida e os demais regentes em uma batalha. Além disso, ele previa que a batalha ocorreria em algum local do distrito de Kinki, uma região ao norte de Nara repleta de altas montanhas, florestas impenetráveis e diversas kazure zato, pequenas vilas e áreas governadas por pelos daimyos mais independentes do Japão. Ocultos na região de Kinki também havia grupos de shinobi-nin, terroristas, espiões e fanáticos religiosos cuja habilidade nas artes marciais era lendária. Tokugawa sabia que, embora fossem poucos e difíceis de convencer, o apoio destes guerreiros pouco ortodoxos seria essencial, caso tivesse que combater em suas terras. Normalmente os daimyos rurais e os clãs de shinobi-nin não se submetiam aos mesmos laços que ligavam os samurais e demais daimyos ao governo feudal. Eles cuidavam de sua própria vida, sem se preocupar muito com a política nacional. Nas batalhas que ocorriam em suas terras, geralmente aliavam-se ao lado com maiores chances de vitória, ou àquele com o qual tivessem laços familiares.

Tokugawa possuía exatamente este tipo de conexão, e isto constituía a segunda arte de sua estratégia. Entre seus oficiais havia um jovem cujo pai era um dos senhores feudais mais influentes da região de Kinki. Tokugawa convocou o jovem oficial e transmitiu suas ordens. Ele deveria correr o mais rápido possível até sua casa nas montanhas de Kinki, e convencer seu pai a mobilizar os daimyos locais para apoiarem Tokugawa no confronto que se aproximava. Com o apoio de suas atividades de guerrilha, ele acreditava poder colocar Ishida em uma posição desfavorável, e assim vencer a batalha decisiva.

O oficial cavalgou por passagens desertas nas montanhas, e através de florestas de pinheiros, ciente da importância crucial de sua missão. No futuro, as realizações do jovem o fariam famoso, fundando um renomado estilo de esgrima, tornando-se instrutor de shoguns e contribuindo para a introdução do Zen nas artes marciais. Mas no verão de 1600, tudo isto ainda estava por vir, e poderia se dizer que o futuro do Japão dependia da jornada deste solitário oficial Tokugawa: Munenori Yagyu.

Tajima no kami Munenori Yagyu nasceu em 1571 no vilarejo batizado com o nome de sua família. De acordo com registros antigos e de duvidosa confiabilidade, o clã Yagyu descendia de Michizane Sugawara, um poeta da era Heian. Quaisquer que fossem suas origens, os Yagyu estavam entre os primeiros habitantes de um vilarejo ao norte de Nara, e que recebeu o nome do clã após terem sido apontados como guardiões do santuário Kasuga, localizado nas proximidades. Aparentemente a proteção do santuário era uma tarefa levada a sério, pois desde o século XIII a família Yagyu vinha dando origem a guerreiros de reputação formidável.

Mais de 200 anos depois, quando o shogunato Ashikaga entrou em colapso e levou o país ao caos, os moradores do vilarejo de Yagyu viram-se no meio de um conflito brutal, que estava sendo travado pelo controle do Japão. Por volta desta época o clã Yagyu iniciou sua ascensão.
Ieyoshi Yagyu, o avô de Munenori, liderou uma tropa de samurais e camponeses da região de Kinki contra uma série de exércitos invasores, defendendo com sucesso seu território. Nessa época a classe guerreira não estava ainda limitada aos samurais, ou bushi, e era comum, como no caso das batalhas travadas na região de Kinki, que soldados profissionais lutassem ao lado de agricultores e artesãos. Embora não dispusessem de armamento de qualidade, estes eram lutadores eficientes.

Nesses combates participava Muneyoshi, filho de Ieyoshi. Era um espadachim especialmente dotado, e que ainda na adolescência havia estudado intensamente o estilo Chujo-ryu de esgrima. Aos 16 anos combatia junto com os samurais de seu pai, e suas habilidades eram famosas, tanto que despertaram a atenção de Nobutsuna Kamizumi, um dos espadachins mais afamados do Japão na época.

Kamizumi estava realizando uma peregrinação de musha shugyo, uma jornada freqüentemente seguida por lutadores para testar suas habilidades contra outros combatentes, e também para aprimorar-se com os ensinamentos dos mestres de diferentes escolas de artes marciais. Sua reputação o precedia a cada passo do caminho.

Ele havia se aperfeiçoado em Kage, o estilo de esgrima também conhecido como Sombra, e que havia aprendido com seu pai ainda criança. Posteriormente Kamizumi aperfeiçoou inda mais este estilo, chamando-o de Shinkage (nova sombra), e foi durante este processo que encontrou-se com Muneyoshi Yagyu.

Era inevitável que Muneyoshi acabasse enfrentando Nobutsuna Kamizumi. Ambos haviam adquirido fama considerável por seu desempenho em batalhas e duelos, levando à especulação sobre qual dos dois era o melhor. Esta pergunta seria respondida em um duelo dramático, marcado para ocorrer em 1562, no templo Hozoin. O combate, contudo, foi decepcionante. O famoso Yagyu foi derrotado facilmente, e por um dos alunos de Kamizumi, que sem esforço, e em uma fração de segundos, empurrou a espada de Yagyu para o lado e atacou com sua espada de treinamento com toda a força, parando o golpe a um fio de cabelo da cabeça de seu adversário!

A derrota humilhante teria sido amarga para Muneyoshi Yagyu, se ele não fosse o homem que era. Em vez de reclamar ou inventar desculpas, reconheceu em Kamizumi um instrutor sem igual, e imediatamente pediu para ser aceito como aluno na escola Shinkage-ryu. Nobutsuna Kamizumi percebeu que o jovem samurai de Yagyu estava acima dos espadachins aventureiros que o desafiavam apenas para buscar a fama, e aceitou Muneyoshi como seu discípulo.

O relacionamento foi proveitoso, e sob a orientação de Kamizumi, Muneyoshi Yagyu aprimorou rapidamente suas habilidades, destacando-se por sua maestria e tornando-se o melhor entre os discípulos de seu mestre. Com o tempo, retornou às terras de sua família, assumindo o comando do clã Yagyu e ensinando sua versão do estilo Nova Sombra, que naturalmente tornou-se conhecida como Yagyu Shinkage-ryu.

Assim, Munenori Yagyu nasceu numa família renomada, e intimamente ligada ao
kenjutsu, a arte da espada. O mais jovem de uma prole de onze, e com quatro irmãos mais velhos, é surpreendente que Munenori tenha recebido alguma atenção de seu pai. Quis o destino que, no mesmo ano em que nasceu, seu pai e Yoshikatsu, seu irmão mais velho, estivessem lutando em uma batalha perto de Nara. Durante a luta Yoshikatsu recebeu um ferimento grave, e a lesão o impediu de tornar a praticar kenjutsu de maneira intensa.

Pela tradição, Yoshikatsu deveria herdar a liderança do clã Yagyu e o título de mestre supremo da escola de esgrima. Mas mesmo continuando a ser um espadachim habilidoso, apesar de seu ferimento, e de já haver sido iniciado nos okuden (princípios secretos) da Shinkage-ryu, seu pai decidiu indicar um dos outros filhos como seu herdeiro na escola. Dois outros jovens Yagyu haviam se tornado monges budistas, em vez de seguir o perigoso caminho do samurai. O quarto filho na linha de sucessão aparentemente não tinha suficiente talento na esgrima, pois Muneyoshi começou a treinar seu caçula nas técnicas da escola, com a intenção de indicá-lo seu sucessor.

De acordo com as histórias contadas nas vizinhanças do vilarejo de Yagyu, Munenori era um aluno dedicado, com um intenso entusiasmo pelo aprendizado da esgrima. Uma história a seu respeito descreve um exercício elaborado por ele para desenvolver o ritmo e movimento de pernas. Utilizando vários pedaços de cipó, amarrou pequenas pedras em uma ponta, atando a outra aos galhos de um grupo de cedros próximo de sua casa. Puxando as pedras suspensas, ele fazia com que os galhos balançassem, e, quando todos os galhos estavam em movimento, Munenori tomava posição no meio deles, com a espada de madeira na mão. Então, deslocava-se rapidamente entre as pedras em movimento, golpeando com a espada e tentando atingir tantas pedras quanto possíveis, sem perder o equilíbrio e o controle.

Outra história da infância de Munenori fala de sua determinação em se capacitar para os rigores da prática do kenjutsu. Aconteceu no inverno, quando o vilarejo de Yagyu estava coberto de neve, e a maioria dos moradores permanecia abrigada em casa, ao redor do kotatsu, um fogareiro que era a única forma de aquecimento nas casas japonesas da época. Munenori, contudo, via a neve como um eficiente recurso de treinamento. Usando apenas uma tanga, ele disparava pelas encostas, brandindo vigorosamente a espada enquanto utilizava a massa de neve para fortalecer as pernas.

Hoje em dia, este tipo de exercício pode parecer estranho, mas na época de Munenori suas atividades eram consideradas normais para o desenvolvimento de um espadachim, que teria que enfrentar desafios tão rigorosos quanto mortais. Além de seus exercícios individuais, Munenori tinha lições diárias no dojo de seu pai, não somente em esgrima, mas também no uso da lança, alabarda e bastão, além de duas especialidades da escola Yagyu-ryu: o método de luta com o pesado leque de metal utilizado pelos samurais, e as técnicas de kumiuchi, forma luta corporal desarmada, a partir da qual o jujutsu evoluiria posteriormente.

O kumiuchi da escola Yagyu-ryu, quase tão respeitado quanto suas técnicas de espada, foram muito úteis em 1594, quando o chefe da família Tokugawa convidou Muneyoshi Yagyu e seu filho Munenori, então com 24 anos, para apresentar-se em sua mansão em Kyoto. Ieyasu Tokugawa, sempre um hábil estrategista, já antevia o momento em que a ausência de Hideyoshi Toyotomi deixaria vaga a regência do Japão. De fato, é possível que sua real intenção, ao convidar os espadachins Yagyu e buscar seu apoio, fosse a possibilidade de que estes se tornassem, no futuro, um recurso valioso na disputa pelo poder no Japão. Seja como for, isto teve ter tido pouca importância para Tokugawa naquele dia, pois ao final da apresentação ele se encontraria com a espada desembainhada, face a face com o lendário Muneyoshi Yagyu.

O encontro ocorreu como resultado de uma pergunta feita por Tokugawa ao chefe do clã Yagyu. No tatami em frente ao tablado onde se sentavam Ieyasu Tokugawa e seus principais auxiliares, Muneyoshi e Munenori haviam apresentado alguns dos katas da escola Yagyu. A platéia era composta por soldados experientes, que praticavam o kenjutsu, e que não se impressionavam facilmente. Mesmo assim, acompanhavam atentamente a apresentação, assistindo com prazer e concentração à medida que pai e filho enfrentavam-se, espadas faiscando, girando, atacando e esquivando-se com perfeita sincronia e controle. Os oficiais do clã Tokugawa admiravam silenciosamente. Contudo, seu líder, com sua profunda percepção, viu que estava presenciando mais do que uma excelente apresentação de esgrima. Notou que o Yagyu mais velho era capaz de prever, como que por magia, a direção e a intensidade dos golpes de seu filho, bloqueando-os mal haviam começado. Fez então uma pergunta a Muneyoshi, esperando esclarecer suas suspeita.

"Yagyu-san, você havia dito que seu estilo de esgrima depende de uma sincronização perfeita dos movimentos do corpo, atacando para bloquear a espada do adversário. Mas como um Yagyu desarmado se sairia contra um oponente armado?"

Muneyoshi admirava profundamente Ieyasu Tokugawa, e o considerava seu superior. Mas era também um homem esperto, de inteligência rápida como seu anfitrião, e percebeu que esta era a oportunidade para que a Yagyu Shinkage-ryu se diferenciasse das muitas escolas então existentes. Assim, ajoelhou-se e curvou-se até tocar a testa no tatami.

"Se vossa alteza tiver a gentileza de me atacar, ficarei honrado em demonstrar", respondeu Yagyu.

A resposta ousada deu resultado. Ieyasu Tokugawa levantou-se, desceu do tablado e selecionou um bokken em um suporte de armas próximo a ele. Trajando um hakama de seda e um kamishimo (um colete com ombros em forma de asa) sobre seu kimono, assumiu uma postura de combate diante do mestre Yagyu, que trajado de maneira simples, e mesmo com toda a sua habilidade, era apenas um senhor feudal de menor importância.

De todos os espectadores, somente o jovem Munenori estava certo do desfecho, tantas vezes havia presenciado seu pai em ação. Diante do olhar calmo de seu adversário, Tokugawa avançou em direção a Muneyoshi Yagyu, um samurai destemido e musculoso contra um homem 20 anos mais velho, que aguardava calmamente, com as mãos estendidas à altura do quadril.

Tokugawa atacou velozmente, seu corpo descendo junto com o golpe que tinha certeza de haver acertado. Mas Muneyoshi Yagyu não estava sob a lâmina de madeira. Ele havia girado o corpo de forma mínima, revertendo o movimento e arremessando Tokugawa para trás, enquanto a espada de treinamento voava na direção oposta. Os oficiais de Tokugawa ficaram paralisados, sem acreditar no que viam. Munenori, do outro lado do tatami, também estava atônito. Entre ele e o tablado, Tokugawa estava estendido no tatami, fitando o homem que tranqüilamente permanecia em pé acima dele. Então acenou solenemente com a cabeça.

"Suki desu!" ("Gostei!")

Ali mesmo Tokugawa convidou Muneyoshi Yagyu para ser seu instrutor de esgrima. Para um espadachim este era o melhor emprego possível, assegurando a ascensão ao cargo de hatamoto (oficial principal), um salário magnífico e considerável influência nos círculos políticos e sociais. Muneyoshi ficou honrado, mas declinou do convite, sugerindo que seu filho seria adequado para o cargo. Uma vez mais Tokugawa ficou impressionado com a sabedoria do chefe da Yagyu-ryu. Ao indicar seu filho para o cargo, ele havia assegurado o futuro de Munenori nos dias turbulentos que pressentia. O sexagenário Muneyoshi estava perto de se aposentar, mas ao colocar seu filho numa posição tão próxima do clã Tokugawa, estava certo de que o destino do clã Yagyu seria assegurado.

Munenori Yagyu recebeu assim o encargo de treinar leyasu Tokugawa e sua família em esgrima. Em troca, Tokugawa, agradecido, presenteou Muneyoshi com um contrato no qual se comprometia a seguir as normas da escola Yagyu Shinkage-ryu, e a proteger os integrantes do clã Yagyu.

E assim, a partir de tal passado, Munenori Yagyu tornou-se instrutor e oficial de confiança de Ieyasu Tokugawa; e assim, no verão de 1600, lá estava ele galopando pela estrada Tokkaido em direção ao vilarejo de Yagyu, para uma conversa com seu pai que poderia auxiliar seu senhor a vencer a batalha pelo título de Shogun.

Ao contrário do ditado chinês que diz que "na terceira geração vem a destruição", Munenori tinha uma personalidade tão forte quanto a de seu pai e seu avô. Ele e Muneyoshi convenceram os senhores feudais da região de Kinki a se aliarem a Tokugawa. Em encontros secretos com grupos de ninjas e especialistas em guerrilha que habitavam a região próxima ao vilarejo de Yagyu, foram feitos acordos com aqueles lutadores, alguns dos quais partiram para auxiliar os samurais de Tokugawa que defendiam o castelo de Fushimi, barrando o avanço de Mitsunari Ishida.
Apesar de não existirem registros destes acordos, eles foram uma contribuição valiosa para que Tokugawa conquistasse o shogunato. Não existem indícios de que Munenori tenha contatado seu irmão mais velho, embora seja provável que isto tenha acontecido; tal encontro também contribuiu para o sucesso de Tokugawa, como indicam acontecimentos posteriores. Munetoshi, o filho que o patriarca Yagyu havia considerado incapaz de chefiar o ryu, havia se tornado um alto conselheiro de Hideaki Kobayakawa, aliado de Mitsunari Ishida.

Com todos os atores reunidos no palco, os acontecimentos se sucederam rapidamente, embora não de acordo com os planos de Ishida e outros partidários de Toyotomi. O movimento de pinça que visava capturar Tokugawa foi desperdiçado quando o castelo de Fushimi resistiu ao cerco. Reforçado pelos ninjas de Kinki, os samurais de Tokugawa retiveram Ishida por muitos dias. Quando ele finalmente tomou o castelo e iniciou uma marcha forçada para completar sua parte no movimento de pinça, já era tarde demais: Kagekatsu Uyesugi, responsável pela outra parte do movimento, havia perdido a confiança e reteve suas tropas, aguardando para ver o que aconteceria. Com o fracasso de sua estratégia, Ishida movimentou seu exército para a entrada de um vale em forma de U, chamado Sekigahara, onde se reuniu com seus aliados. Embora suas forças combinadas, com um total de 90.000 soldados, estivessem agora em inferioridade diante dos 100.000 samurais de Tokugawa, sua manobra era engenhosa: quando Tokugawa atacasse, seria cercado e empurrado para o vale, onde seria massacrado pelas tropas de Ishida atacando por ambos os lados.

Começou a chover na noite de 14. Em meio a trovoadas, caiu uma chuva forte e contínua. Em suas tendas os samurais checavam suas armaduras, preocupados com a lama que tornaria a luta ainda mais cansativa. Soldados de infantaria, sem nenhuma proteção contra a chuva além de suas lanças, encolhiam-se imaginando o que poderia ser pior: lutar na batalha ou tremer de frio. Pela manhã a chuva havia se transformado numa garoa, invisível no meio do nevoeiro matinal. Ao som dos rangidos de suas armaduras ensopadas, as tropas de Tokugawa marcharam em direção a Sekigahara.

A batalha começou quando os samurais de Ishida e Tokugawa tropeçaram uns nos outros em meio ao nevoeiro. Sekigahara pode ser descrita nos livros como a versão japonesa da batalha de Gettysburg, mas para os combatentes a luta deve ter parecido simplesmente um grande tumulto. Havia dezenas de generais comandando seus soldados, e mesmo em condições melhores a situação ficaria caótica. Assim, unidades do mesmo exército se atacavam, algumas se perdiam completamente e outras, retidas por comandantes temerosos como Uyesugi, nem chegavam a entrar em ação. Batalhões de mosqueteiros maldiziam a umidade que inutilizava os rifles, misturados a lanceiros e espadachins, todos lutando por uma posição num campo de batalha que as cargas de cavalaria haviam transformado num lamaçal pegajoso. Some-se a isso o ruído ensurdecedor das ordens de comando, dos gritos dos feridos e dos disparos das armas, combinado com o nevoeiro, e pode-se ter uma idéia do que foi a batalha.

Apesar da enorme confusão, ainda parecia que Ishida seria vitorioso. Tokugawa havia concentrado seus samurais na entrada do vale, e Ishida havia recuado, aguardando apenas que seu aliado Hideaki Kobayakawa atacasse para finalmente destruir o adversário. Porém, mais uma vez seus esforços foram arruinados. Munenori Yagyu havia convencido seu irmão Munetoshi a persuadir seu senhor a mudar de lado no momento crucial da batalha. Em vez de atacar Tokugawa, Kobayakawa uniu-se a ele, e juntos arrasaram as tropas de Ishida. A habilidade de Ieyasu Tokugawa, juntamente com seu planejamento cuidadoso e sua confiança nos Yagyu, fez com que vencesse a batalha.

No final do dia Ishida estava morto, e seus aliados batiam em retirada, desmoralizados. A vitória em Sekigahara foi o passo final no plano de Tokugawa para obter o poder político, e antes mesmo que os mortos fossem retirados do campo de batalha, já se comentava que ele seria nomeado Seii Taishogun, o governante militar do Japão.

Munenori recebeu notícias da batalha na residência de seu pai, no vilarejo de Yagyu. As cortinas abertas deixavam ver os bosques que cercavam a casa, enquanto Munemori refletia profundamente sobre as conseqüências que a vitória de Tokugawa trariam para o futuro de seu ryu. Havia muito que planejar. Para o Japão, Sekigahara marcou o início de uma longa era de unificação e prosperidade sob a regência de Tokugawa. Para Munenori Yagyu e a escola Shinkage-ryu, foi o início de um caminho para a fama e para um lugar sem igual na história da esgrima japonesa.

Seminário Koichi Kashiwaya, 8o dan

No último final de semana de novembro - 24,25 e 26 - teremos em Curitiba, no Centro de Desenvolvimento de Ki, Seminário Internacional de Ki-Aikido, com Koichi Kashiwaya sensei, 8o dan e responsável técnico pelo Ki-Aikido nas Américas.

O valor a ser investido é de R$200,00 (duzentos reais), na data do evento, os valores serão outros.

Para aqueles interessados, posso informar desde já que as diárias de hoteís nas redondezas do Centro de Desenvolvimento de Ki variam. Há quartos para três pessoas na faixa de R$80,00 (total); quartos duplos na faixa de R$50,00 (por pessoa). Dentro em breve passo uma lista com mvalores e preços corretos pois ainda existe outras possbilidades, com hotéis ainda mais baratos.

Estamos organizando almoço e café no local do seminário, com opção de restaurantes nas proximidades. Para as noites, teremos reserva em alguns restaurantes (variando data a data) a fim de que os visitantes possam conhecer um pouco das qualidades gastronômicas de Curitiba.

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE KI
Rua 7 de Abril, 830 – 2o. andar - Alto da XV -
Tel. (41) 3263-1217
Curitiba - Paraná

contatos por e-mail, podem ser dirigidos a este blog.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Sobre respiração, Sônia Hirsh

Há três aspectos básicos na respiração: ritmo, profundidade e duração.

A respiração lenta acalma,deixa a pessoa pacífica e compreensiva, produz clareza de
pensamento. Ajuda a desenvolver uma percepção mais ampla de todos os fenômenos, aprofunda o autoconhecimento e a consciência universal. Diminui o ritmo das atividades biológicas e a temperatura tende a baixar.

A respiração rápida excita, produzindo um estado mental instável.
A pessoa muda de emoções bruscamente e tem reações inesperadas de ataque e defesa; torna-se mais subjetiva e egocêntrica, vê mais os detalhes que o todo, fica mesquinha.

A repiração profunda gera harmonia entre todas as funções do corpo, e com isso há
mais satisfação, estabilidade emocional, confiança e capacidade de expressão.
Facilita a meditação e o sentimento amoroso.

A respiração superficial gera carência, Já que não supre as necessidades orgânicas de
oxigênio, e isso se reflete no estado mental e emocional. A pessoa fica medrosa, volúvel, insegura, ruim de memória e de intuição. A angústia tem muito a ver com isto.

A respiração longa dá poder de concentração e sintoniza a gente com o ritmo do universo; traz paciência, calma, tolerância, desenvolve uma visão profunda das coisas e a consciência do aqui-agora. A memória e a visão do futuro se tornam mais extensas e claras.

A respiração curta é dispersiva, traz impaciência, cria um ritmo irregular; a
gente muda muito de idéia, tende à intolerância e ao mau humor. Custa a se adaptar aos ambientes, vive sempre em conflito e se apega mais aos detalhes que ao todo.

Donde se conclui que uma respiração longa, lenta e profunda pode criar dentro de cada um de nós um oásis particular de harmonia, paz e saúde.

Fonte: Hirsh, Sonia. Deixa Sair: Dieta sem dieta, respiração, movimento, meditação. Rio de Janeiro:CorreCotia,2004.

Compilado por Christian Rocha

quinta-feira, agosto 03, 2006

Workshop Técnica de Alexander

O CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE KI promove
OFICINA TÉCNICA DE ALEXANDER
Integração de Corpo e Mente

A Técnica de Alexander é um método educacional que nos leva a ficar conscientes de nossos padrões habituais de pensar e trabalhar o corpo (movimento, alinhamento, respiração); e como tais padrões interferem com nosso equilíbrio natural e com os princípios básicos de movimento e respiração.
Aprendendo a usar as direções mentais da Técnica de Alexander, tornamo-nos capazes de controlar conscientemente os padrões estabelecidos e percebidos como maus hábitos, e assim implantar uma forma inteligente e eficaz de usar nosso corpo/mente.


INSTRUTORA:
Lenita Célia Silveira, natural de Curitiba, é bacharel e licenciada em Dança, pela Universidade Católica de Curitiba e Teatro Guaíra. Nos Estados Unidos, durante 3 anos de treinamento intensivo, graduou-se na Técnica de Alexander. Em 2004, em Londres, concluiu sua pós-graduação na Constructive Teaching Centre, a mais antiga escola da Técnica de Alexander do mundo, onde estudou com o renomado professor Walter Carrington, o qual, em 1938, recebeu treinamento do próprio F.M. Alexander, o criador do método.
Há mais de 10 anos, Lenita leciona a Técnica de Alexander em Nova York (onde reside), Londres e Brasil, tanto para grupos como aulas individuais. Entre outros interesses, Lenita pratica meditação (Budismo Tibetano), canto, dança e várias outras atividades relacionadas com o estar/ ficar no momento presente.

DATA: 5 E 6 DE AGOSTO (SÁBADO E DOMINGO)
HORÁRIO: 15:00h ás 18:00h
INVESTIMENTO: R$ 80,00 (oitenta reais)

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE KI
Rua 7 de Abril, 830 – 2o. andar - Alto da XV -
Tel. (41) 3263-1217/ 9921-7845
Curitiba - Paraná

Seminário Koichi Kashiwaya, 8o dan

No último final de semana de novembro - 24,25 e 26 - teremos em Curitiba, no Centro de Desenvolvimento de Ki, Seminário Internacional de Ki-Aikido, com Koichi Kashiwaya sensei, 8o dan e responsável técnico pelo Ki-Aikido nas Américas.

Nos próximos dias vamos divulgar os custos e outros dados importantes.

Livros de Aikido em português

O Christian passou este e-mail para o pessoal do grupos de Ki-Aikido. Tomo a liberdade de publicar.

A Pensamento lançou novos livros de Aikido este ano.

ILUMINAÇAO ATRAVES DO AIKIDO, A
Autor: SUNADOMARI, KANSHU
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1453576&sid=1551161258714543818269618&k5=3161727F&uid=

AIKIDO E A ESFERA DINAMICA
Autor: RATTI, OSCAR
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=11001152&sid=1551161258714543818269618&k5=3161727F&uid=

ARTE DO AIKIDO, A
PRINCIPIOS E TECNICAS ESSENCIAIS
Autor: UESHIBA, KISSHOMARU
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1441699&sid=1551161258714543818269618&k5=3161727F&uid=

CURSO PARA MESTRE DE AIKIDO
Autor: UESHIBA, MORITERU
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1538826&sid=1551161258714543818269618&k5=3161727F&uid=


Folheei apenas os três primeiros. Os dois primeiros são
quase clássicos do gênero. Alguém tem informações sobre o
último título?

Obrigado a todos.

Christian Rocha

quarta-feira, julho 12, 2006

segunda-feira, julho 10, 2006

Quem Somos Nós? - o Filme - Parte 2

(por Acid)

Inicialmente vamos falar do mundo sub-atômico, e depois do que nos falam ser a realidade. A primeira coisa é que o mundo sub-atômico é uma fantasia criada por físicos loucos que tentam entender o que diabos acontece quando fazem pequenas experiências com grandes energias em pequenos espaços e em curtos intervalos de tempo. As coisas ficam bem inexplicáveis. A física sub-atômica foi inventada para tentar desvendar tudo isso.

A nova ciência - chamada física quântica - é sujeita a todo tipo de hipóteses, pensamentos, sentimentos, intuições, para se descobrir o que diabo está acontecendo.

A matéria não é o que pensávamos ser

Os cientistas viam a matéria como algo estático e previsível. As partículas ocupam um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas fundamentais. O resto é o vácuo. Parece que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo. Para onde vão quando não estão aqui?

Essa pergunta é complicada. Vou dar duas respostas:

- Vão para universos alternativos, onde as pessoas fazem a mesma pergunta quando elas somem e vêm pra cá: "Para onde elas foram?"...

- A outra envolve o grande mistério da direção do tempo. De certa forma, as nossas leis fundamentais da física não fazem distinção entre passado e futuro. Temos um quebra-cabeça do ponto de vista das leis da física. Por que nós somos capazes de lembrar do passado, e não temos o mesmo acesso epistemológico ao futuro?

Por que devemos pensar que nossas ações no presente afetam o futuro, mas não o passado?

O fato de termos um diferente acesso epistemológico para o passado e futuro, o controle que nossas ações têm sobre o futuro, mas não sobre o passado, tudo isso é tão fundamental para o modo como sentimos o mundo, que não termos curiosidade sobre isso é quase o mesmo que estarmos mortos!

Na verdade a maior parte do universo está vazia. Gostamos de imaginar o espaço vazio e a matéria sólida, mas, na verdade, não tem nada na matéria, ela não possui substância! Veja um átomo. Pensamos que é uma bola sólida. Mas na verdade é esse pontinho pequeno com matéria densa no centro, cercado por uma nuvem de elétrons que aparecem e desaparecem. Mas acontece que tal descrição também não está correta. Até o núcleo, que pensávamos ser tão denso, aparece e desaparece assim como os elétrons. A coisa mais sólida que pode existir nessa matéria desprovida de substância é um pensamento, um bit de informação concentrada. O que faz as coisas são idéias, conceitos e informação.

Você nunca toca em nada. Os elétrons criam uma carga que afasta os outros elétrons antes do toque.

Ninguém toca em nada
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Cabe aqui um parêntese para que o leitor entenda melhor os pilares da física quântica. Por isso, reproduzo parte do livro Percepção e Consciência:
"Os elementos atômicos, a luz e outras formas eletromagnéticas têm um comportamento dual - ora se comportam como se fossem constituídos por partículas, ora agem como se fossem ondas que se expandem em todas as direções. E, ainda mais estranho, a natureza do comportamento observado era estabelecida pela expectativa expressa no experimento a que estavam sujeitos: onde se esperava encontrar partículas, lá estavam elas, da mesma forma como ocorria onde se esperava encontrar a onda. Era como se o esperado se refletisse na experiência. Como se poderia conciliar o fato de que uma coisa podia ser duas ao mesmo tempo, e como manter a objetividade se o tipo de experimento, e conseqüentemente a expectativa do esperado, pareciam determinar um ou outro comportamento experimental? A solução foi dada por Niels Bohr ao elaborar o princípio da complementaridade. Ele estabelece que, embora mutuamente excludentes num dado instante, os dois comportamentos são igualmente necessários para a compreensão e a descrição dos fenômenos atômicos. O paradoxo é necessário. Ele aceita a discrepância lógica entre os dois aspectos extremos, mas igualmente complementares para uma descrição exaustiva de um fenômeno. No domínio do quantum não se pode ter uma objetividade completa...
Ruiu, assim, mais um pilar newtoniano-cartesiano, o mais básico, talvez: não se pode mais crer num universo determinístico, mecânico, no sentido clássico do termo. No nível subatômico não podemos afirmar que exista matéria em lugares definidos do espaço, mas que existem 'tendências a existir', e os eventos têm 'tendências a ocorrer'. É este o Princípio da Incerteza de Heisenberg".

Uma partícula, que pensamos ser algo sólido, existe no que chamamos de superposição, espalhando uma onda de possíveis localizações, todas ao mesmo tempo. E quando você olha, ela passa a estar em apenas uma das possíveis posições.

O mundo tem várias formas de realidade em potencial, até você escolher a que quer. Pode-se estar em muitos lugares ao mesmo tempo, experimentando várias possibilidades, até elas convergirem para apenas uma.

Como um objeto pode ter dois estados ao mesmo tempo?

Ao invés de pensarmos nas coisas como possibilidades, temos o hábito de pensar que as coisas que nos cercam já são objetos que existem sem a minha contribuição, sem a minha escolha. Você precisa banir essa forma de pensar; tem que reconhecer que até o mundo material que nos cerca - as cadeiras, as mesas, as salas, os tapetes - não são nada além de possíveis movimentos da consciência. E eu estou escolhendo momentos nesses movimentos para manifestar minha experiência atual. É algo radical que precisamos compreender, mas é muito difícil, pois achamos que o mundo já existe independente da minha experiência.

Mas não é assim, e a física quântica é bem clara.

O próprio Eisenberg, depois da descoberta da física quântica, disse que os átomos não são objetos, são tendências. Ao invés de pensar em objetos, você deve pensar em possibilidades.

Tudo é possibilidade, subconscientemente!

Agora você pode ver em inúmeros laboratórios pelos EUA objetos que são suficientemente grandes para serem vistos a olho nu, e que estão em dois lugares simultaneamente. Pode-se até tirar uma foto disto. Suponho que se você mostrasse essa foto, as pessoas diriam "Legal, posso ver essa luz colorida, um pouco ali, um pouco aqui... é a foto de dois pontinhos, o que tem demais? Estou vendo duas coisas".

Não! É uma coisa só, em dois lugares ao mesmo tempo!

Acho que as pessoas não se impressionariam, pois acho que elas não acreditam. Não que digam que sou mentiroso, ou que os cientistas estão confusos. Acho que é tão misterioso que não dá para compreender o quão fantástico é. Todos viram Jornada nas Estrelas e o tele-transporte, então se perguntam "Mas e daí, o que isso quer dizer?" Mas temos que parar e pensar no que isso realmente significa. É o mesmo objeto e ele está em dois lugares ao mesmo tempo!

As pessoas trabalham, se aborrecem, almoçam, vão para casa e vivem a vida como se nada de especial estivesse acontecendo, pois é assim que se acostumaram; mas existe essa incrível mágica bem na sua frente.

A física quântica calcula apenas possibilidades.

Mas se aceitarmos isso, a questão passa a ser: que escolha temos que fazer dentre as possibilidades para iniciarmos o evento da experiência? Então vemos diretamente que a consciência tem que estar envolvida.

O observador não pode ser ignorado

Sabemos o que um observador faz no ponto de vista da física quântica, mas não sabemos quem e o que o observador é na verdade.

Temos tentado encontrar uma resposta.

Entramos na mente, usando todos os recursos que temos para acharmos algo que possa ser o observador. Mas não achamos nada no cérebro. Nada na região do córtex. Nada no subcórtex. Não identificamos um observador lá. Mas mesmo assim temos a sensação de sermos tais observadores, observando o mundo lá fora.

Seria esse o observador?

E por que é tão complicado entender esse mundo louco e estranho de partículas quânticas e o modo como reagem?

Esse seria então o observador?

Para mim o observador é o espírito que está dentro da nossa roupa biológica. É como o "fantasma na máquina". É a consciência que está dirigindo o veículo e observando os arredores. Uma camada interior da nossa roupa biológica, dotada de todos os tipos de sistemas para captarem assinaturas ao seu redor.

Washington D.C.

Chamada de "a capital do mundo em assassinatos", essa cidade recebeu um revelador experimento no verão de 1993. Quatro mil voluntários vieram de 100 países para uma meditação coletiva durante longos períodos do dia. Segundo o FBI, que patrocinou o evento, isso faria com que os crimes violentos caíssem em 25% naquele verão em Washington. O chefe de polícia foi à televisão dizer que o crime só diminuiria em 25% se "nevasse naquele verão".

No final a polícia se tornou colaboradora e autora desse estudo, pois o resultado foi exatamente uma queda de 25% nos crimes em Washington.

Isto poderia ser previsto com base em 48 estudos anteriores que já haviam sido feitos em menor escala. É algo que nos leva a imaginar que as pessoas estão afetando a realidade que vemos.

Muitas pessoas não afetam a realidade de forma consistente porque não acreditam que possam. Elas escrevem uma intenção e depois a apagam, pois acham que é tolice.

"Não consigo fazer isso"

Escrevem de novo e apagam. Isso tem um efeito muito pequeno, pois elas não acreditam que possam fazer isso.

Se você acreditar com todo seu ser que pode andar sobre a água, isso acontecerá.

É como pensamento positivo, que é um conceito maravilhoso. Mas geralmente temos uma névoa de pensamento positivo, cobrindo uma enorme massa de pensamento negativo.

Pensar positivo apenas disfarça o nosso pensamento negativo.

Quando pensamos em objetos, tornamos a realidade mais completa do que realmente ela é. É aí que você fica preso. Ficamos presos na uniformidade da realidade, pois se ela é completa e eu sou insignificante, não posso alterá-la. Mas, se a realidade é minha possibilidade - possibilidade da própria consciência - imediatamente perguntamos como podemos alterá-la, torná-la melhor, mais alegre.

É uma extensão da nossa imagem.

Nos pensamentos antigos, não podíamos mudar nada, pois não tínhamos papel na realidade. Ela já estava lá, feita de objetos que se moviam de acordo com leis. A matemática determinava como reagiriam em determinada situação. Nós não tínhamos papel algum.

Na nova visão da matemática nos mostra as possibilidades das reações que os objetos podem ter, mas não nos fornece a experiência real que teremos na consciência.

Eu que escolho tal experiência: Dessa forma eu crio minha própria realidade.

Pode parecer uma afirmação bombástica de alguém sem nenhum conhecimento de física, mas a física quântica está nos dizendo isto. Existem literalmente diferentes mundos onde vivemos. Há o mundo microscópico que vemos, o mundo das nossas células, o mundo dos nossos átomos... Eles possuem sua própria linguagem, sua própria matemática. E não são apenas pequenos. Cada um é totalmente diferente, mas se complementam, pois eu sou meus átomos, mas também sou minhas células. A minha fisiologia microscópica é verdadeira, só que em diferentes níveis. O nível de verdade mais profundo, descoberto pela ciência e filosofia, é a verdade fundamental da unidade.

No nível subnuclear mais profundo da nossa realidade, você e eu somos um só.